Segundo Antaq, essa foi a maior operação de transporte de grãos do país, considerando o peso da carga.
Em fevereiro deste ano, um marco logístico foi alcançado no Brasil com o transporte de 75 mil toneladas de soja de Porto Velho (RO) a Santarém (PA) pelo rio Madeira. Esse feito, considerado o maior do país em termos de peso da carga transportada, foi realizado por um supercomboio fluvial composto por 30 barcaças e uma embarcação de propulsão própria, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Com um valor superior a R$ 165 milhões, o comboio não apenas impressiona pela sua magnitude, mas também representa um avanço significativo em eficiência no transporte de grãos e na redução das emissões de gases de efeito estufa.
O supercomboio formado por 30 barcaças e uma embarcação propulsora percorreu o rio Madeira, conectando o estado de Rondônia ao Pará. Essas barcaças, que são grandes “pranchas flutuantes”, carregam grandes quantidades de carga pelos rios. Cada barcaça tem propulsão própria, sendo empurrada por uma embarcação com motores de grande potência. O valor da carga transportada, que consiste principalmente em soja, é estimado em mais de R$ 165 milhões, com base no preço atual da saca de soja, que gira em torno de R$ 132,00.
Logística do Comboio: Eficiência e Sustentabilidade
O sucesso da operação não se limita apenas ao transporte da carga em si, mas também aos benefícios em termos de sustentabilidade. A Antaq destaca que a consolidação dessa operação fluvial representa uma redução considerável nas emissões de gases de efeito estufa, se comparado aos tradicionais meios de transporte terrestres. Isso ocorre porque o transporte fluvial, além de ser mais econômico, utiliza uma rota com menor impacto ambiental em comparação ao uso de caminhões.
Para ilustrar a imensidão da carga transportada, pode-se compará-la a ícones monumentais. O peso total do comboio fluvial é equivalente a 65 cristos redentores, com 1.145 toneladas cada, segundo a Prefeitura do Rio de Janeiro. Para se ter uma ideia ainda mais clara da grandeza da operação, o transporte seria suficiente para encher cerca de 1.500 caminhões, cada um com capacidade para 50 toneladas, formando uma fila de 27 quilômetros de comprimento.
A jornada de 75 mil toneladas de soja entre Rondônia e o Pará durou cinco dias, sendo considerada um teste bem-sucedido pela Transportes Bertolini Ltda, a empresa responsável pela operação. Agora, com o êxito da missão, a empresa está dando andamento ao processo para obter as licenças necessárias e permitir que a operação fluvial se torne uma alternativa regular e escalável para o transporte de grãos na região.
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