A Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal e o Ministério Público Federal, deflagrou nesta terça-feira a “Operação Entulho”.
O objetivo da operação é obter provas relacionadas a operações fraudulentas utilizadas para esconder a ocorrência de sonegação fiscal, obtenção de notas fiscais falsas e lavagem de dinheiro.
A ação foi desencadeada com base em indícios encontrados durante as investigações, que apontam para a prática de diversos crimes, incluindo sonegação fiscal, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

No total, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em residências de investigados e em empresas supostamente ligadas à organização criminosa.
Segundo fontes da Polícia Federal, os alvos das investigações são empresários do setor de coleta de lixo da cidade de Manaus.
O foco das investigações está nos contratos das empresas de coleta de lixo com a Prefeitura de Manaus durante o segundo mandato do ex-prefeito Arthur Neto.
Uma das áreas onde os agentes da PF estão presentes é o condomínio Riviera, onde residem os proprietários da empresa Tumpex, que possui contrato com o município de Manaus.

As investigações tiveram início há três anos, quando foram detectados indícios de que empresas do ramo de coleta de lixo e limpeza pública estavam realizando transações comerciais com empresas de fachada.
Essas transações envolviam a contabilização de despesas a partir de notas fiscais de mercadorias e serviços falsas.
Além disso, durante as investigações da Operação Entulho, foi constatado que funcionários públicos e empresários estariam envolvidos em um esquema no qual mais de 100 milhões de reais foram sacados da boca do caixa desde o ano de 2016.
Essa prática levanta suspeitas de possível corrupção e lavagem de dinheiro, uma vez que grandes quantidades de dinheiro em espécie foram retiradas sem uma justificativa clara e legal.
As autoridades estão aprofundando as investigações para identificar os responsáveis por essas transações suspeitas e as conexões com o esquema de sonegação fiscal e notas fiscais falsas.
Até o momento, no âmbito da Operação Entulho, já foram identificadas a participação de 31 empresas de fachada, um escritório de contabilidade, além de seus respectivos sócios e funcionários das empresas de coleta de lixo e limpeza pública.
Essas empresas emitiram notas fiscais suspeitas de serem fraudulentas, no período de 2016 a 2021, totalizando R$ 245 milhões em valores, com uma estimativa de sonegação fiscal superior a R$ 100 milhões.
As transações fraudulentas resultaram na geração de créditos indevidos de PIS e Cofins, além de reduzirem as bases de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
*Com informações cm7brasil
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