O fim da festa deu lugar ao caos. Passageiros que tentavam deixar Parintins nesta terça-feira (1º) enfrentaram um cenário de tumulto, desorganização e revolta no porto da cidade. Desde a madrugada, o local virou palco de confusão generalizada, com dezenas de pessoas relatando horas de espera, ausência de orientação e falhas graves na organização do embarque para Manaus.
O movimento intenso, típico do dia seguinte ao encerramento do Festival de Parintins, revelou a fragilidade da logística no principal ponto de saída da ilha. Em vez de coordenar o fluxo com agilidade e segurança, a Marinha e os organizadores da operação portuária foram apontados como parte do problema, contribuindo para a desinformação e o atraso.
“Na hora de embarcar pra sair da cidade, tá horrível. Ninguém sabe qual barco pegar, ninguém informa nada. Um joga pro outro e a gente fica no sol, esperando”, desabafou uma passageira indignada.
O tumulto começou ainda na madrugada, por volta de 1h, quando os primeiros grupos começaram a se formar no porto. Com o passar das horas, aglomerações aumentaram, o calor se intensificou e a frustração virou revolta. Muitos passageiros disseram ter perdido seus horários por não conseguirem encontrar a embarcação correspondente ao bilhete, sendo obrigados a comprar novas passagens – o que gerou ainda mais prejuízo.
Segundo os relatos, funcionários do DNIT teriam repassado informações desencontradas, confundindo passageiros sobre horários e locais de embarque. A falta de painéis informativos, filas organizadas e comunicação eficiente transformou o porto em um verdadeiro campo de desespero.
Até o momento, nenhum dos órgãos responsáveis – incluindo a Marinha, o DNIT e a administração portuária local – se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido.
Para os passageiros, o sentimento é de descaso. “Parintins recebe um dos maiores festivais culturais do Brasil, mas parece esquecer de cuidar de quem vem prestigiar. Saímos daqui com boa memória da festa e uma péssima impressão da saída”, disse um turista que enfrentou mais de cinco horas de espera.
A situação reacende o debate sobre a necessidade urgente de melhorias na infraestrutura e logística do porto de Parintins, especialmente em períodos de grande fluxo. Afinal, um evento do porte do Festival de Parintins exige não apenas espetáculo no Bumbódromo, mas também respeito e estrutura digna para quem chega e, principalmente, para quem vai embora.
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