Polícia de Belo Horizonte investiga possível fraude; família percebeu várias compras e, agora, exige ressarcimento do banco
Um casal de idosos de Belo Horizonte registrou boletim de ocorrência em uma delegacia de polícia de Belo Horizonte, sob alegação de ter perdido mais de R$ 500 mil em fraude bancária.
Os idosos informaram as autoridades de que mantinham o valor em uma conta-poupança. Segundo a reclamação, o casal administra a conta há cerca de 30 anos e controlava o valor por meio de extratos bancários recebidos em casa.
Família de idosos diz que, em um só dia, foram nove retiradas
No dia 30 de julho, a família descobriu dezenas de saques de valores diferentes feitos na conta. Em um mesmo dia foram nove retiradas, no valor de R$ 2,5 mil cada. A movimentação bancária mostrou, ainda, várias compras em estabelecimentos comerciais.
Conforme relatos da família, o Banco Bradesco, no qual o casal tem conta, falhou na segurança. Os parentes solicitaram a devolução dos recursos, mas, segundo eles, a instituição bancária não informou quando e se vai restituir o dinheiro que sumiu da conta do casal.
Banco é obrigado a devolver? Veja explicação
Em nota, a Polícia Civil informou que instaurou procedimento investigativo e que “emprega esforços para apuração dos fatos, autores e suas circunstâncias”.
De acordo com especialistas do direito do consumidor, os tribunais têm reconhecido que serviços prestados por bancos demandam uma segurança diferenciada.
Esse entendimento existe porque a relação envolve o patrimônio das pessoas e, sobretudo, o risco que essa pessoa corre dos estelionatários realizarem operações futuras. As fraudes com o uso do Pix, por exemplo, têm aumentado o trabalho dos sistemas de investigação da polícia e dos departamentos de prevenção a perdas dos bancos.
Quando a Justiça identifica, por exemplo, que o criminoso entrou na conta corrente ou na poupança, fez movimentações financeiras e, ainda, realizou empréstimos ou compras, os tribunais têm garantido ao consumidor a devolução dos valores e uma indenização pelos prejuízos.
A realização de operações de valores que estão na conta já é, por si só, responsabilidade do banco. Contudo, qualquer decisão exige uma análise detalhada dos fatos e a apuração, por exemplo, de eventual negligência ou erro por parte do próprio consumidor.
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