ofensiva contra o ministro também tem sido estimulada por um lobby liderado por Eduardo Bolsonaro.
O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, avalia impor sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo suspensão de vistos e até o congelamento de bens e contas que o magistrado possa manter em solo americano, mas considera ação é considerada de ‘alto risco’ dentro da Casa Branca. A informação foi revelada pelo colunista Jamil Chade, do UOL, com base em fontes do alto escalão da Casa Branca, que confirmaram a existência da proposta.
A intenção de Trump seria sinalizar que sua política externa irá combater ações que, na visão de seu governo, representam censura nas redes digitais — tema central para a estratégia da extrema direita internacional, especialmente no uso de plataformas para difusão de mensagens políticas e campanhas eleitorais.
Desde que reassumiu a presidência, Trump tem colocado em prática diretrizes que cortam recursos públicos americanos para entidades estrangeiras que promovem o combate à desinformação ou a regulação das redes sociais. Dentro desse contexto, o Brasil ocupa papel central, e o governo americano pretende ampliar sua influência sobre países governados por alas progressistas, visando fortalecer forças de direita nas eleições de 2026.
No caso brasileiro, Alexandre de Moraes tornou-se figura simbólica após liderar investigações sobre fake news, ataques às instituições democráticas e regulação das redes sociais. A ofensiva contra o ministro também tem sido estimulada por um lobby liderado por Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, em articulações com a base mais radical do Partido Republicano em Washington.
No entanto, dentro do governo Trump, há divergências sobre os riscos da medida. Uma ala do Departamento de Estado e da Casa Branca teme que sanções contra Moraes sejam vistas como uma ingerência direta nos assuntos internos do Brasil, com potencial de unificar setores políticos em defesa do Judiciário e contra candidatos associados ao bolsonarismo.
Apesar disso, Trump e seus conselheiros continuam avaliando a proposta dentro de um pacote mais amplo de ações internacionais voltadas ao alinhamento com governos conservadores e ao enfrentamento de instituições consideradas hostis à liberdade de expressão, nos moldes defendidos por sua base ideológica.
No Palácio do Planalto, a ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de manter a postura institucional e evitar confronto direto com o governo dos EUA. A diplomacia brasileira acompanha de perto os desdobramentos e não descarta recorrer a canais internacionais, caso qualquer medida contra um magistrado do STF se concretize.
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