A advogada Suiane Vitória da Silva Doce, de 32 anos, foi presa preventivamente nesta sexta-feira (29) após ser flagrada com 10 quilos de cocaína em Manaus. A prisão, solicitada pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM), foi determinada pela Justiça estadual após uma série de reviravoltas no caso que envolveu a liberação da advogada, semanas após sua prisão em flagrante.
O episódio que resultou na prisão de Suiane aconteceu no dia 21 de novembro, no bairro Colônia Terra Nova, zona norte de Manaus. Por volta das 19h40, uma equipe da Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), durante patrulhamento, recebeu uma denúncia anônima sobre disparos de arma de fogo na Rua Salomão, nas proximidades de um supermercado local. Ao se aproximarem da área, os policiais avistaram um Honda Fit cinza, cujo motorista, ao perceber a viatura, tentou fugir
Durante a abordagem, os militares identificaram os ocupantes do veículo como Suiane Vitória e Janderson de Medeiros da Silva, seu marido, que apresentaram sinais de nervosismo. Ao revistarem o carro, os policiais encontraram dez pacotes de substância semelhante à cocaína, totalizando 10 kg de droga. Além da cocaína, foram apreendidos dois aparelhos celulares e o próprio veículo.
A droga foi encaminhada à perícia, enquanto Suiane e Janderson foram levados ao 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde o marido da advogada foi posteriormente conduzido ao presídio após audiência de custódia. No entanto, o que causou estranheza no caso foi a liberação de Suiane, que, segundo os policiais, não apresentou qualquer justificativa clara para a decisão.
Liberação e repercussão
Embora a advogada tenha sido inicialmente presa em flagrante, ela foi liberada no dia seguinte, sem explicações públicas, pelo delegado Mário Luiz Campos Monteiro Júnior. A situação gerou surpresa, já que o casal foi detido com uma quantidade significativa de entorpecentes, e o procedimento policial indicava envolvimento no tráfico de drogas.
Logo após a liberação, a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Amazonas (OAB-AM) emitiu uma nota dizendo que Suiane foi ouvida apenas como testemunha e liberada em seguida. No entanto, a repercussão do caso levou a Polícia Civil do Amazonas a anunciar a instauração de um processo administrativo interno para apurar as circunstâncias da liberação da advogada.
O Ministério Público (MP-AM), por sua vez, iniciou uma investigação sobre o procedimento do delegado que decidiu liberar Suiane. O promotor José Felipe Fish pediu ao judiciário a apuração da conduta do delegado, alegando que ele não justificou adequadamente sua decisão. O MP também requisitou a prisão preventiva de Suiane, que foi acatada pelo juiz Rivaldo Matos Norões Filho, levando à prisão da advogada.
O caso continua a ser investigado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público, e pode ter repercussões mais amplas. Além das investigações sobre a liberação de Suiane, o MP-AM também acompanha o andamento da apuração sobre o envolvimento do casal no tráfico de drogas, visto que ambos tinham antecedentes criminais, especialmente associação para o tráfico de drogas. A Polícia Civil ainda não forneceu mais detalhes sobre os antecedentes criminais do casal, mas o caso está sendo tratado com atenção devido à posição de Suiane como advogada, o que adiciona um componente ainda mais delicado à investigação.
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