Um jovem paraibano de 23 anos, Thiago Paulo Bulhões, morreu durante um ataque militar com drones realizado pelas forças russas na Guerra da Ucrânia. Natural do município de Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa, Thiago havia se alistado como voluntário para lutar no conflito e estava no país europeu há cerca de três meses.

Morador do bairro de Várzea Nova, Thiago trabalhava em uma escola municipal, onde atuava como professor e também dava aulas de futebol. Ele deixou o Brasil após receber uma proposta para integrar um grupo de combate na Ucrânia, em troca de 60 mil euros. O grupo de voluntários do qual fazia parte foi atingido por um drone militar durante uma ofensiva russa, resultando em várias mortes. Thiago não resistiu aos ferimentos.

De acordo com dados mais recentes do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), até 15 de setembro deste ano pelo menos 10 brasileiros morreram e 18 estão desaparecidos desde o início do conflito, em fevereiro de 2022. O número total de brasileiros afetados já soma 28 casos entre mortos e desaparecidos.

A guerra entre Rússia e Ucrânia teve início em 2014, com a anexação da Crimeia por Moscou, mas se intensificou em fevereiro de 2022, quando o governo russo lançou uma invasão em larga escala sobre o território ucraniano.

Os combates se concentram principalmente nas regiões de Donbas e Crimeia, consideradas internacionalmente parte da Ucrânia. Organismos internacionais como a ONU e a Anistia Internacional condenam a ofensiva russa, classificando-a como violação da soberania ucraniana e do direito internacional.

Em junho de 2025, o presidente russo Vladimir Putin reafirmou que “os russos e ucranianos são um só povo” e declarou que “toda a Ucrânia pertence à Rússia”, reacendendo tensões diplomáticas e militares no leste europeu.