Em resposta ao agravamento da poluição do ar causada pelas queimadas no Amazonas, a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) anunciou nesta quarta-feira (28) a autorização para o funcionamento remoto de atividades acadêmicas e administrativas. A medida, válida até o dia 31 de agosto, foi formalizada pela portaria nº 1.647, emitida pelo reitor Sylvio Puga.

A decisão, descrita pelo reitor como de caráter extraordinário, permite que docentes, servidores e alunos optem por realizar suas atividades de forma remota durante o período estabelecido. “Não se trata de uma determinação, mas de uma autorização para quem preferir o uso remoto dentro desse prazo”, esclareceu Puga.

O reitor ressaltou que a medida se aplica apenas a atividades não essenciais, mantendo os serviços fundamentais, como o atendimento no Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), em pleno funcionamento. Ele também destacou que um Comitê de Especialistas será formado para avaliar a necessidade de estender a vigência da portaria caso a situação se agrave em setembro. “As atividades permanecem normais, mantendo os serviços essenciais inalterados”, afirmou Puga.

A decisão da UFAM ocorre em meio a um cenário alarmante de poluição em Manaus, especialmente no campus localizado no bairro do Coroado, na Zona Leste da cidade. Nesta quarta-feira, o nível de poluição do ar chegou a 94.1, conforme medido pelo Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA). A situação é agravada pelo recorde de focos de incêndio registrados no Amazonas na última segunda-feira (26), quando foram contabilizados 659 focos em apenas 24 horas.