Barco-laboratório fará visitas guiadas e palestras na Marina Club, em Belém, enquanto coletas antes e depois de áreas urbanas comparam o impacto humano no Rio Amazonas.
Para monitorar a qualidade da água dos rios amazônicos e identificar impactos ambientais ao longo do trajeto entre Manaus e Belém (PA), a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) lidera uma expedição científica rumo à COP30. A missão integra o Programa de Monitoramento da Água, Ar e Solos do Estado do Amazonas (ProQAS/AM), desenvolvido pela UEA em parceria com o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e o Grupo Atem.
Em Santarém (PA), a equipe foi recebida pela Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), onde pesquisadores da UEA realizam análises conjuntas com docentes e alunos. A iniciativa marca a primeira pesquisa de longo percurso ao longo do Rio Amazonas, com coletas iniciadas em Manaus e que serão repetidas durante a jornada até Belém.
As amostras são examinadas em laboratórios especializados para detectar níveis de poluição, presença de resíduos e alterações químicas com potencial risco à saúde e ao meio ambiente. Medições preliminares apontaram traços de óleo, possivelmente ligados à poluição por combustíveis ou efluentes urbanos.
Segundo o professor Dr. Sergio Duvoisin Jr. (GP-QAT/UEA), o percurso inclui oito cidades entre Manaus e Belém, com coletas antes e depois de cada área urbana para avaliar a influência das cidades na qualidade da água. “A ideia é comparar os resultados para entender o impacto humano no rio. Além disso, teremos apresentações na COP, visitas guiadas ao barco e palestras sobre nossas campanhas”, explica.
Para o reitor da UEA, Prof. Dr. André Zogahib, a presença na COP30 reforça o papel das instituições amazônicas na produção de conhecimento científico voltado à sustentabilidade. Durante a conferência, o barco-laboratório ficará atracado na Marina Club, ao lado da UFPA, com programação diária de visitas e palestras, além de apresentações em parceria com a DPE/AM.
A expedição seguiu nesta quarta-feira (5) para Monte Alegre (PA), onde novas coletas serão realizadas. Os dados embasarão relatórios e debates sobre a preservação dos rios amazônicos durante o evento.
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