Áudios envolvem Anne Moura e sua ONG Iaja em denúncia sobre uso de verba da Cultura em campanhas eleitorais.
O Ministério da Cultura anunciou a suspensão temporária das atividades e o bloqueio de repasses ao Programa Nacional dos Comitês de Cultura (PNCC) no Amazonas. A decisão ocorre após a veiculação de uma reportagem do jornal Estadão que expôs supostas irregularidades no programa, administrado pelo Instituto da Articulação de Juventude da Amazônia (Iaja). A matéria apresenta gravações atribuídas a Anne Moura, secretária nacional de Mulheres do PT e fundadora da ONG, que sugerem o uso político do programa para beneficiar membros do partido.
As gravações, feitas sem o conhecimento de Anne Moura, foram feitas em setembro de 2024. O ex-presidente do Iaja, Marcos Rodrigues, confirmou em entrevista a uma emissora local que o programa estava sendo direcionado para fins políticos. “São R$ 58 milhões e vocês acham que esse dinheiro ia ser gasto com política cultural? A partir do momento que eu vi desvio de finalidade, eu comecei a denunciar”, afirmou Rodrigues a TV A Crítica.
Ele também destacou que a gestão do Iaja e suas decisões eram controladas por Anne Moura, que teria influenciado diretamente no direcionamento dos recursos. “Esse conselho fiscal que apareceu do nada é formado também por Anne Moura. Todas as decisões do IAJA passam pela mesa e gabinete do Lobby em Manaus”, denunciou. Rodrigues foi afastado da instituição em dezembro, após romper politicamente com Anne Moura, fundadora do instituto.
Repasses milionários e apuração do Ministério
Durante a conversa divulgada pelo jornal, Anne Moura teria enfatizado seu papel na articulação para habilitar o Iaja a receber recursos do PNCC, que somariam quase R$ 2 milhões apenas em 2024. Diante das denúncias, o Ministério da Cultura informou que está conduzindo uma investigação para apurar possíveis irregularidades. “Ao tomar conhecimento de tensões políticas no Comitê de Cultura do Amazonas, o Ministério da Cultura determinou a imediata apuração sobre a gestão de recursos públicos”, declarou a pasta por meio de nota.
Defesa de Anne Moura
Em resposta às acusações, Anne Moura negou qualquer irregularidade e alegou que as declarações foram distorcidas para prejudicar sua imagem. “Venho a público esclarecer declarações distorcidas com a única finalidade de macular minha imagem perante a opinião pública, desmerecendo minha vida pública voltada às causas sociais e luta por dias melhores para a população brasileira, em especial a do Amazonas, estado onde nasci e onde atuo intensamente em causas direcionadas para grupos prioritários”, declarou em nota oficial.
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