Os sites de venda online Shein e Temu, ambos da China, disseram que planejam aumentar na próxima semana os preços para os clientes dos Estados Unidos. A ideia do aumento vem com o objetivo de ‘corrigir o desequilíbrio comercial’ com as tarifas impostas do governo americano contra os chineses que pode chegar até 245%.
As duas não disseram como será esse aumento de preços, mas revelaram um ‘ajuste’ a partir de 25 abril. Ambas lançaram um comunicado praticamente ao mesmo tempo cada uma em seu site oficial com avisos bem parecidos.
A Temu, que é de propriedade da empresa chinesa de comércio eletrônico PDD Holdings, e a Shein, que fica agora em Cingapura, afirmaram que aumentam os preços ‘devido a mudanças recentes nas regras e tarifas comerciais globais’.
Além das tarifas que podem chegar a até 145%, Trump tem anunciou uma tarifa inicialmente de 125%, mas que chegaria em maio a até 145%, contra produtos importados da China e de Hong Kong de valor inferior a US$ 800, o que atingiria diretamente as duas empresas de comércio eletrônico.
De acordo com a Associated Press, cerca de quatro milhões de encomendas mais baratas, de baixo valor (sendo a grande maioria da China) chegam aos Estados Unidos todos os dias.
A Shein vende, especialmente, roupas, cosméticos e acessórios baratos. Já a Temu possui um estoque de produtos maior, passando por pequenos produtos eletrônicos até itens domésticos.
Apesar do aumento, as duas incentivaram a continuidade de compra dos clientes nos próximos dias.
‘Estamos estocando e estamos prontos para garantir que seus pedidos cheguem sem problemas durante esse período. Estamos fazendo tudo o que podemos para manter os preços baixos e minimizar o impacto sobre vocês’, afirma a Temu.
China afirma que vai ignorar ‘jogo de números’ de tarifas de Trump
Em declaração nesta quinta-feira (17), a China disse que não dará mais atenção para os Estados Unidos se eles continuarem no ‘jogo dos números tarifários’. A afirmação foi feita em um comunicado do Ministério das Relações Exteriores após a Casa Branca dizer que as taxas contra o país podem chegar até 245%.
Os chineses não anunciaram nenhuma outra tarifa retaliatória após o caso. As taxas contra produtos importados dos Estados Unidos segue de 145%. Em relação ao contrário, as retaliatórias chegam a 145%, mas aumenta em alguns produtos que possuem 100% de taxa.
Os dois países seguem sem negociar após o anúncio do tarifaço de Trump. Ambos se acusam de dificultar o início das conversas.
Além disso, a China convocou todos os 193 Estados-membros das Nações Unidas para uma reunião informal do Conselho de Segurança da ONU na próxima quarta-feira (23).
Em carta enviada aos Estados-membros, o governo chinês acusa os Estados Unidos de intimidar praticar ‘bullying’ ao utilizar tarifas como armas. Confira um trecho do documento:
‘Todos os países, particularmente os países em desenvolvimento, são vítimas de unilateralismo e práticas de bullying. Ao usar tarifas como arma de extrema pressão, os EUA violaram gravemente as regras do comércio internacional e provocaram choques e turbulências severos na economia mundial e no sistema de comércio multilateral, lançando uma sombra sobre os esforços globais pela paz e desenvolvimento’.
Guerra Tarifária
Depois da Casa Branca causar confusão ao divulgar, na noite dessa terça-feira (15), que as tarifas aplicadas pelos Estados Unidos à China chegariam a 245%, o governo americano atualizou, nesta quarta (16), o comunicado detalhando o percentual.
Segundo o documento, a porcentagem inclui os 125% das tarifas recíprocas impostas por Donald Trump, 20% devido à crise do fentanil nos Estados Unidos, além de impostos de até 100% que já existiam para produtos específicos, como carros elétricos.
A Casa Branca também menciona as principais decisões da política econômica e comercial de Trump e classifica as tarifas como uma ferramenta para “nivelar o campo de atuação e proteger a segurança nacional dos Estados Unidos”.
Ainda segundo o documento, mais de 75 países procuraram o governo norte-americano para negociar acordos comerciais e, por isso, as tarifas acima de 10% foram suspensas por 90 dias.
Com informações da CBN.
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