Mais do que ações repressivas, a operação também desenvolve iniciativas cívico-sociais.

No coração da floresta amazônica, uma das ações mais estratégicas do Estado brasileiro se mantém ativa na defesa da soberania e do meio ambiente: a Operação Ágata Amazônia. Criada em 2011, por meio do Decreto nº 7.496, a operação integra o Plano Estratégico de Fronteiras (PEF) e tem como objetivo combater crimes ambientais e transfronteiriços ao longo dos mais de 16 mil quilômetros de fronteiras que o Brasil compartilha com dez países da América do Sul.

Com atuação conjunta das Forças Armadas — Marinha, Exército e Aeronáutica — em parceria com órgãos de segurança pública e agências federais, a operação realiza ações coordenadas contra o tráfico de drogas, contrabando, garimpo ilegal e demais crimes ambientais. Desde 2016, a Operação Ágata passou a integrar também o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), ampliando seu escopo para incluir a vigilância da costa marítima brasileira.

Em 2024, a Operação Ágata Amazônia registrou apreensões expressivas: 4,2 toneladas de pasta base de cocaína, 704 kg de maconha, armamentos, munições, motores e cerca de 2 kg de ouro extraído ilegalmente. Também foram neutralizadas 120 embarcações usadas em crimes ambientais, causando um prejuízo estimado em R$ 600 milhões a organizações criminosas.

Mais do que ações repressivas, a operação também desenvolve iniciativas cívico-sociais. Em 2023, por exemplo, foram distribuídas 25 mil cestas básicas na Terra Indígena Yanomami, em uma das maiores ações humanitárias da região.

A Operação Ágata representa a presença ativa do Estado em regiões remotas, promovendo segurança, proteção ambiental e apoio a populações vulneráveis. Seu impacto vai além da repressão ao crime, reafirmando o compromisso do Brasil com a integridade territorial e a preservação da Amazônia.