A morte do Papa Francisco, ocorrida no último dia 21 de abril, trouxe à tona não apenas comoção mundial e discussões sobre o futuro da Igreja Católica, mas também reacendeu o interesse por um texto obscuro e milenar: A Profecia dos Papas”, atribuída ao bispo irlandês São Malaquias, que supostamente prevê o fim do mundo para o ano de 2027.
Escrito no século XII e redescoberto em 1590 nos Arquivos Secretos do Vaticano pelo monge beneditino Arnold Wion, o manuscrito medieval contém 112 frases enigmáticas em latim. Cada uma delas estaria relacionada a um Papa específico, de Celestino II até o atual líder da Igreja. Segundo os intérpretes da profecia, Papa Francisco seria o último pontífice antes do chamado “Dia do Juízo Final”.
A especulação cresceu com a saúde debilitada do pontífice, que aos 88 anos enfrentava uma pneumonia bilateral e passou mais de um mês internado antes de falecer. Para os que acompanham a profecia, o sucessor de Francisco — chamado no texto de “Pedro, o Romano”— governaria a Igreja em tempos de grande tribulação, até que a “cidade das sete colinas”, Roma, fosse destruída, marcando a chegada do “terrível Juiz” para julgar a humanidade.
Essa narrativa levou alguns a afirmarem que a data do fim seria 2027, baseada na interpretação de que o Papa Sisto V estaria exatamente no meio da linha de 112 papas. Como Sisto V assumiu 442 anos após o primeiro Papa listado, o fim viria outros 442 anos depois — coincidindo com 2027.
Apesar da repercussão, estudiosos e teólogos alertam sobre o caráter duvidoso da obra, considerada por muitos como uma falsificação do século XVI com motivações políticas. Além disso, passagens bíblicas como Mateus 24:36 advertem contra qualquer tentativa de prever o retorno de Cristo ou o fim dos tempos: Daquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai.
Ainda assim, “A Profecia dos Papas” tem alimentado o imaginário popular por séculos e já apareceu em romances como “O Terceiro Segredo” de Steve Berry e “A Chave do Juízo Final” de James Rollins, sendo frequentemente comparada a obras no estilo de Dan Brown.
Enquanto o Vaticano se prepara para a escolha do novo Papa, teorias apocalípticas voltam a circular entre fiéis e curiosos, misturando fé, mistério e o eterno fascínio humano pelo fim do mundo.
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