Em um desdobramento alarmante na crise política venezuelana, a líder opositora María Corina Machado foi presa nesta quinta-feira após uma série de tiros disparados contra a motocicleta que a levava. A ex-deputada, que havia passado 133 dias na clandestinidade, decidiu sair às ruas para participar de um protesto multitudinário em Chacao, na região metropolitana de Caracas, quando foi surpreendida pela ação violenta do regime.

De acordo com fontes da oposição, a prisão de María Corina ocorreu em meio ao tiroteio, que acabou ferindo o piloto da moto. Informações preliminares indicam que, durante a confusão, a líder opositora teria caído da motocicleta e sido capturada por policiais, aparentemente sem ferimentos físicos.

A operação que levou à sua detenção contou com a participação de cerca de 20 agentes da segurança, que estavam em motocicletas e usaram drones para monitorar a situação. O ato de desmobilização da oposição acontece um dia antes da posse de Nicolás Maduro e de Edmundo González, o opositor autoproclamado vencedor das eleições de 28 de julho de 2024.

O clima de tensão nas ruas de Caracas reflete o desespero e a determinação de um grupo que busca o fim do regime. Este evento, marcado pela violência, evidencia as crescentes pressões enfrentadas pelos opositores em um país onde o autoritarismo prevalece e vozes contrárias são silenciadas de qualquer maneira.

A prisão de María Corina Machado não só intensifica a crise política na Venezuela, mas também levanta preocupações sobre os direitos humanos e a repressão política que marcam o governo de Nicolás Maduro. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos dessa situação crítica, à espera de mais informações sobre as condições e possíveis repercussões da prisão da líder opositora.