Essa reaproximação ocorre em meio aos esforços da parte da bancada evangélica para se distanciar do bolsonarismo.
A aproximação entre o governo Lula e um segmento da bancada evangélica deve influenciar a reforma ministerial prevista para 2024. Os deputados desse grupo manifestaram interesse em comandar pastas e secretarias externas para políticas públicas destinadas à população de baixa renda, sinalizando um movimento estratégico para ampliar seu impacto político e social.
Essa reaproximação ocorre em meio aos esforços da parte da bancada evangélica para se distanciar do bolsonarismo. Preocupados com a ascensão de líderes religiosos menos conservadores, parlamentares desse grupo enxergam na aliança com o Planalto uma oportunidade de atrair mais recursos e fortalecer sua atuação junto às comunidades mais vulneráveis.
O “namoro” entre Lula e esse segmento evangélico ganhou visibilidade em outubro, durante a sanção da lei que instituiu o Dia da Música Góspel. O evento incluiu uma oração pública feita pelo deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) em favor do presidente, que gerou reações negativas de líderes ligados ao bolsonarismo, como o pastor Silas Malafaia. Desde então, a presença de parlamentares evangélicos em reuniões com representantes do governo cresceu consideravelmente.
A Igreja Universal do Reino de Deus, liderada pelo bispo Edir Macedo, também tem reforçado sua interlocução com o governo Lula. Logo após a vitória do petista em 2022, Macedo atribuiu o resultado eleitoral à vontade divina, o que foi interpretado como um gesto conciliatório para conter sinceridade entre a fidelidade e o novo governo.
Os Republicanos, partido ligado à Universal, já ocupam um espaço no primeiro escalonamento do governo, mas a expectativa é de que amplie sua presença caso Hugo Motta (PB), líder da sigla, assuma a presidência da Câmara em 2025, sucedendo Arthur Lira ( PP). Motta é visto como favorito e, com o apoio do Planalto, a legenda pode exigir novas pastas e secretarias como contrapartida.
Entre os articuladores do diálogo com os evangélicos, o ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, tem desempenhado um papel central, consolidando pontes estratégicas entre o Planalto e este importante segmento político-religioso. A entrega também sinaliza a intenção de Lula em preparar terreno para sua eventual campanha de reeleição em 2026.
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