O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), provocou Alexandre de Moraes o mencionar, nessa terça-feira (21), um episódio de 2014 envolvendo o PSDB ao comentar as suspeitas sobre a confiabilidade das urnas durante o julgamento do chamado núcleo 4 da suposta ‘trama golpista’.
Na ocasião, Fux recordou que, após a vitória de Dilma Rousseff (PT) na eleição presidencial, o então candidato derrotado, Aécio Neves (PSDB), solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma auditoria especial do resultado das urnas.
À época, o partido divulgou uma nota afirmando ter “absoluta confiança” no sistema eletrônico de votação, mas alegou que o pedido tinha como objetivo acalmar os eleitores que expressavam dúvidas nas redes sociais sobre a apuração.
Durante sua fala, o ministro se dirigiu a Alexandre de Moraes, que foi filiado ao PSDB entre 2015 e 2017, e traçou um paralelo entre aquele episódio e as alegações de fraude feitas anos depois pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores.
“Vossa Excelência sabe, e eu sei também, que não se trata da primeira vez que um candidato à Presidência provoca o TSE quanto à regularidade das eleições. Em 30 de outubro de 2014, Vossa Excelência já estava na magistratura ou no governo, uma das duas, juiz, aquela corte eleitoral [o TSE] foi instada pelo partido do candidato derrotado à realização de uma auditoria
O ministro destacou ainda a forma como o tribunal conduziu o caso. “Naquela vez, era outro candidato. Em vez de rejeitar de plano ou criminalizar qualquer coisa, ou impor uma multa bilionária, e qualificá-la como ataque às instituições democráticas, o TSE tomou a sábia decisão de autorizar a auditoria e, posteriormente, apresentar seus resultados à sociedade, indicando não ter sido encontrada nenhuma fraude”, completou.
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