18/07/2025 10:29
Pesquisar
Fonte de dados meteorológicos: 30 tage wetter

Fóssil de tartaruga gigante de 13 milhões de anos é descoberto no Acre por pesquisadores

tartaruga
Foto: Reprodução/ Instagram/ @lpp.ufac

Espécime da maior tartaruga de água doce já registrada foi encontrado em terra indígena na fronteira com o Peru

Pesquisadores da Universidade Federal do Acre (Ufac) e de instituições de São Paulo encontraram, no município Assis Brasil, o fóssil de uma tartaruga gigante que viveu na Amazônia há cerca de 13 milhões de anos.

O fóssil foi localizado na região conhecida como Boca dos Patos, dentro da Terra Indígena Cabeceira do Rio Acre, uma área de difícil acesso na fronteira com o Peru.

Segundo o professor e paleontólogo Carlos D’Apolito Júnior, da Ufac, o material está “muito bem preservado” e representa um marco para a paleontologia no estado.

“Nunca foi visto um fóssil assim tão grande e bem preservado por aqui”, afirmou o pesquisador.

Maior tartaruga de água doce da história

A Stupendemys geographicus é considerada a maior tartaruga de água doce que já existiu. Registros científicos indicam que o animal podia ultrapassar os três metros de comprimento e pesar centenas de quilos.

Apesar disso, o exemplar encontrado ainda não foi totalmente medido nem pesado — uma tarefa que será feita após o transporte do material.

Fóssil será analisado no Laboratório de Paleontologia

O transporte do fóssil até a capital Rio Branco tem sido um dos principais obstáculos enfrentados pela equipe. Por conta do tamanho e peso da peça, os pesquisadores aguardam o envio de um caminhão da Ufac para remover o material do acampamento montado na área de escavação.

O fóssil será levado ao Laboratório de Paleontologia da Ufac, onde passará por análises detalhadas. A expectativa é que os estudos ajudem a ampliar o conhecimento sobre a fauna pré-histórica da Amazônia e sobre as condições ambientais da região no período Mioceno.

Projeto de mapeamento fossilífero

A descoberta faz parte do projeto “Novas fronteiras no registro fossilífero da Amazônia Sul-ocidental”, financiado pelo CNPq, Fapac e Fapesp.

A iniciativa reúne pesquisadores da Ufac, da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com o objetivo de mapear fósseis em regiões remotas da floresta.

Até hoje, apenas uma carapaça completa da espécie havia sido encontrada, na Venezuela. A nova descoberta coloca o Brasil em evidência no cenário da paleontologia sul-americana e reforça o potencial científico da região amazônica.


Descubra mais sobre Manaustime

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

📲 Mantenha-se informado! Siga o CANAL DO MANAUSTIME NO WHATSAPP e receba as principais notícias diretamente no seu dispositivo. Clique e não perca nada!

Deixe o seu Comentário

Fóssil de tartaruga gigante de 13 milhões de anos é descoberto no Acre por pesquisadores

plugins premium WordPress