segunda-feira, 14 de outubro de 2024
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Empresa de eventos de Gusttavo Lima recebeu R$ 8 milhões da Esportes da Sorte

Foto: Reprodução/Redes sociais
Foto: Reprodução/Redes sociais

A Balada Eventos teve R$ 20 milhões bloqueados pela Justiça

A empresa Balada Eventos, do cantor Gusttavo Lima, está envolvida em uma investigação de lavagem de dinheiro. A Polícia Civil de Pernambuco apurou que a empresa recebeu R$ 8,18 milhões da Esportes da Sorte de março a dezembro de 2023. A Justiça determinou a prisão do cantor nesta segunda-feira, 23.

A Operação Integration prendeu, no início de setembro, a influenciadora Deolane Bezerra, a mãe dela, Solange Bezerra, e Darwin Henrique da Silva Filho, proprietário da Esportes da Sorte. Há suspeita de participação do trio um esquema de lavagem de dinheiro ligado a jogos ilegais.

De acordo com o inquérito acessado pelo site Metrópoles, a Esportes da Sorte lavava dinheiro com as empresas Balada Eventos, ZRO Pagamentos e Pagfast.

De 14 de março a 5 de dezembro de 2023, a Esportes da Sorte transferiu R$ 8,1 milhões para a Balada Eventos em 26 transações. No mesmo período, a Esportes da Sorte recebeu R$ 7,2 milhões da ZRO Pagamentos e R$ 20,7 milhões da Pagfast.

A Balada Eventos é administrada pela N & R Empreendimentos e Participações Ltda, que detém 98% do capital social. Nivaldo Batista Lima, nome de batismo do cantor Gusttavo Lima, é um dos administradores da N & R.

Justiça bloqueia dinheiro de empresa do Gusttavo Lima

Gusttavo Lima
Justiça de Pernambuco determina prisão de Gusttavo Lima | Foto: Reprodução/Instagram/@gusttavolima

A Justiça bloqueou R$ 20 milhões da Balada Eventos por causa da investigação. Além disso, a venda de um avião da empresa para outra entidade investigada está documentada no inquérito.

“Injustiça”, disse Gusttavo Lima, no início de setembro. “Em 2023, a Balada Eventos efetuou a venda de uma aeronave para uma das empresas investigadas. Foi pago um valor a título de sinal em decorrência desse contrato.”

“Essa aeronave seguiu para uma inspeção pré-compra, onde, diante do laudo que foi emitido, essa pretensa compradora desistiu da compra”, acrescentou o cantor. “Foi feito um destrato do contrato entabulado, e a Balada Eventos devolveu o valor recebido a título de sinal.”

O cantor disse que entende que investiguem a empresa por causa de transações entre as companhias. Afirmou também que tem comprovantes da venda.

“Posteriormente, a Balada Eventos vendeu essa aeronave para a JMJ”, afirmou Gusttavo Lima. “Em 2023, o contrato foi devidamente cumprido pela empresa JMJ, e a Balada Eventos emitiu o recibo de transferência dessa aeronave. Entendemos que a Balada Eventos foi inserida no âmbito dessa operação simplesmente por ter se transicionado comercialmente com essas empresas investigadas.”

Cantor critica operação

Cantor fala que ‘houve excesso’ da Polícia Civil | Foto: Reprodução/Instagram/@gusttavolima

Gusttavo Lima também criticou a operação da Polícia Civil. O cantor disse que a empresa não teve tempo de esclarecer as transações.

“Houve um excesso, sim, por parte da autoridade”, afirmou o cantor. “Poderia ter sido emitida uma intimação para que a Balada Eventos prestasse conta desses valores recebidos dessas empresas. Inserir a Balada Eventos como sendo uma integrante de uma suposta organização criminosa e lavagem de dinheiro? Aí é loucura. Esses fatos são a mais absoluta verdade e serão levados ao conhecimento do juízo.”

“Se a Justiça existir nesse país, ela será feita”, disse Gusttavo Lima. “São 25 anos dedicados à música, todos vocês sabem da minha luta para chegar até aqui. Abuso de poder e fake news não vou permitir. Sou honesto.”

*Com informações revistaoeste


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