O preço do diesel vendido pela Petrobras está chamando a atenção do governo e do mercado: ele custa até R$ 0,40 a mais por litro do que o valor praticado no mercado internacional. Essa diferença, apontada por representantes do governo, tem gerado uma onda de pressão para que a estatal corte os preços, especialmente em um momento em que o país enfrenta preocupações com a inflação.
Segundo integrantes do Executivo ouvidos pelo Jornal de Brasília, o diesel mais caro nas refinarias da Petrobras pode ser uma oportunidade para aliviar os bolsos dos brasileiros. A queda recente no preço do petróleo no mundo – com o barril do tipo Brent saindo de US$ 82 em janeiro para US$ 72 na última quinta-feira (20) – e o fortalecimento do real frente ao dólar criaram um cenário favorável para uma redução. “Há espaço para um corte significativo, o que ajudaria a segurar a inflação”, disse uma fonte do governo.
O último aumento no preço do diesel aconteceu em fevereiro, quando a Petrobras elevou o valor em 6%, chegando a R$ 3,72 por litro para as distribuidoras. Foi o primeiro ajuste em mais de um ano. Agora, com o petróleo mais barato lá fora, a estatal está sendo cobrada a agir. No entanto, o governo evita interferir diretamente na empresa, deixando a decisão nas mãos da diretoria da Petrobras, que avalia o mercado com cuidado.
A Petrobras, por sua vez, defende sua estratégia. Desde maio de 2023, a empresa abandonou a política de seguir automaticamente os preços internacionais e passou a considerar fatores como custos de produção e logística. “Nosso objetivo é manter preços competitivos sem repassar a instabilidade do mercado externo para o consumidor”, informou a estatal. Mesmo assim, a diferença atual entre o diesel brasileiro e o internacional tem sido chamada de “absurda” nos bastidores do governo.
Para os brasileiros, o preço do diesel afeta diretamente o custo de vida. Caminhoneiros, agricultores e empresas de transporte dependem do combustível, e qualquer alta acaba chegando ao valor dos fretes e dos alimentos na mesa. Com a pressão aumentando, a expectativa é que a Petrobras anuncie em breve se vai – ou não – reduzir os preços, trazendo alívio em um momento econômico delicado.
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