No último sábado, 3 de agosto de 2024, um grupo de detentos da Unidade Prisional Professor Clodoaldo Pinto (UP-Itaitinga2), localizada em Itaitinga, na região metropolitana de Fortaleza, Ceará, protagonizou uma fuga após render policiais penais. O episódio trouxe à tona questões críticas sobre a segurança nas prisões do Estado e o baixo efetivo de profissionais de segurança.
De acordo com informações fornecidas pelo Sindicato dos Policiais Penais do Ceará (Sindppen-CE), a revolta ocorreu por volta das 19h30 e se estendeu até as 22h, quando a situação foi controlada pelas autoridades. Vários detentos ainda estão foragidos, mas alguns já foram recapturados, conforme divulgado pelo sindicato em suas redes sociais.
Como Aconteceu?
O incidente teve início quando um policial penal, ao trancar um detento em sua cela, sofreu uma agressão física. Em seguida, ele foi amordaçado, algemado e ameaçado pelos presos. O baixo efetivo de policiais penais permitiu que mais de 10 presos rendessem outros dois policiais, de quem roubaram armas, coletes à prova de balas e chaves das celas.
Os detentos que escaparam estavam detidos provisoriamente, ainda aguardando julgamento. Durante a fuga, houve troca de tiros entre os presos e os policiais, aumentando a tensão no complexo prisional. Entre os foragidos, muitos são considerados de alta periculosidade, incluindo Leonardo Alexander Ribeiro Herbas Camacho, sobrinho de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Joelia Silveira Lins, presidente do Sindppen-CE, afirmou que o baixo efetivo de policiais penais é um problema recorrente que contribuiu para a fuga dos presos. Segundo ela, a insegurança nas unidades prisionais é uma “tragédia já anunciada”, e o sindicato já havia denunciado essa situação inúmeras vezes ao Governo do Estado e à Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).
Os policiais rendidos durante o motim sofreram ferimentos e tiveram o psicológico muito abalado. Eles foram hospitalizados e receberam atendimento médico, sendo liberados posteriormente. A presidente do sindicato reforçou a necessidade urgente de aumentar o efetivo de segurança nas prisões para evitar novos incidentes.
Até o momento, a SAP não divulgou quantos presos conseguiram ser recapturados, nem quantos ainda estão foragidos. A secretaria está realizando operações intensivas de busca e recaptura dos detentos que escaparam. Essas ações incluem bloqueios nas estradas e reforço na segurança das fronteiras estaduais.
Segundo especialistas em segurança, é crucial reforçar a infraestrutura e a quantidade de profissionais nas unidades prisionais para evitar futuras ocorrências similares. As autoridades também estão analisando possíveis falhas no sistema de segurança e explorando a implementação de novas tecnologias para monitoramento e controle dos internos.
O Sindppen-CE solicita que a população colabore com informações que possam levar à captura dos detentos foragidos. Qualquer informação pode ser comunicada anonimamente às autoridades competentes. A segurança pública é uma responsabilidade de todos, e a cooperação da sociedade é vital para a manutenção da ordem e segurança.
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