Ex-senador chamou a atenção para os perigos do poder absoluto, advertindo Moraes a manter a humildade e o equilíbrio.

Em um vídeo publicado em sua conta no Instagram, o ex-prefeito de Manaus e ex-senador, Arthur Virgílio, expressou duras críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Com um tom de alerta, Virgílio chamou a atenção para os perigos do poder absoluto, advertindo Moraes a manter a humildade e o equilíbrio no exercício de sua função.

Virgílio iniciou sua fala citando a famosa máxima de que “o poder absoluto corrompe absolutamente”, e, embora tenha afirmado que não costuma dar conselhos, fez questão de deixar sua opinião clara ao ministro. “Se eu pudesse dar uma opinião ao ministro Alexandre de Moraes, eu diria: Ministro, baixa a bola”, declarou o ex-prefeito.

A crítica de Virgílio não se restringiu apenas à forma como Moraes exerce o poder, mas também tocou em aspectos mais profundos de sua atuação como ministro do STF. Ele reconheceu o vasto conhecimento jurídico de Moraes, especialmente no campo do direito constitucional, mas enfatizou que o conhecimento técnico, por si só, não é suficiente para garantir a justiça. “O senhor é uma pessoa que tem um bom conhecimento de direito constitucional, mas é preciso que o senhor tenha equilíbrio”, afirmou Virgílio.

Essa necessidade de equilíbrio, segundo o ex-senador, é crucial para que a aplicação das leis seja justa e imparcial, sem que haja espaço para perseguições ou punições arbitrárias. “Não adianta conhecer todo o direito do mundo se não tiver equilíbrio para aplicar com correção, sem perseguições, sem punições injustas”, disse ele.

O tom de Virgílio, embora crítico, foi acompanhado de uma dose de humildade, como ele próprio fez questão de frisar. O ex-prefeito destacou que o poder, por mais grandioso que possa parecer, não é eterno e que aqueles que se deixam deslumbrar por ele estão fadados a enfrentar sérias consequências. “Não existe poder que dure sempre. Dura menos ainda o poder de um interino”, declarou, em uma possível referência à posição transitória dos ministros do STF.

Virgílio fez questão de reforçar que o deslumbramento com o poder pode levar a uma queda brusca, utilizando uma metáfora que sugere a instabilidade daqueles que se deixam levar pela vaidade. “Se o interino achar que ele tem direito a todo poder e que o poder é dele, se deslumbrar, se olhar no espelho, começar a se achar bonito, ele vai perceber que o tombo é feio, o tombo é muito forte”, completou.