Ao longo de nove fases realizadas durante o ano, a operação resultou na aplicação de R$ 144.719.048 em multas.

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) divulgou o balanço da Operação Tamoiotatá 2025, uma das principais ações integradas de combate ao desmatamento, queimadas e outros crimes ambientais no sul do estado. Ao longo de nove fases realizadas durante o ano, a operação resultou na aplicação de R$ 144.719.048 em multas, além da lavratura de autos de infração e da emissão de 164 termos de embargo e interdição.

As fiscalizações também levaram à interdição de 16.176,09 hectares de áreas desmatadas ou exploradas de forma irregular, reforçando a presença do Estado em regiões consideradas críticas para o avanço do desmatamento no Amazonas.

As ações ocorreram nos municípios de Apuí, Boca do Acre, Canutama, Humaitá, Lábrea, Manicoré, Maués, Novo Aripuanã e Tapauá. Nessas localidades, as equipes atuaram a partir de dados de monitoramento remoto e operações terrestres, com foco na responsabilização administrativa dos infratores, apreensão de bens e interrupção de atividades ilegais.

Entre as principais irregularidades identificadas estão o desmatamento sem autorização ambiental, queimadas ilegais, exploração e transporte irregular de produtos florestais e o uso de áreas que já estavam embargadas pelos órgãos ambientais.

Segundo o diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, os resultados demonstram o fortalecimento das ações de fiscalização ambiental e o uso de inteligência para direcionar as operações. Ele destacou que a atuação contínua é essencial para conter o avanço dos ilícitos ambientais e proteger o patrimônio natural do estado.

“O balanço da Operação Tamoiotatá reforça o compromisso do Governo do Amazonas com o combate ao desmatamento ilegal e à degradação ambiental. A fiscalização planejada e integrada é fundamental para assegurar a proteção das florestas e o uso sustentável do território”, afirmou Picanço.

O gerente de Fiscalização do Ipaam, Marcelo Barroncas, explicou que as ações foram estruturadas com base na análise de imagens de satélite e no planejamento técnico das equipes em campo, o que ampliou a eficiência das autuações e o alcance territorial da operação.

Os valores arrecadados com as multas aplicadas são destinados ao Fundo Estadual de Meio Ambiente (Fema), que financia projetos e ações de proteção ambiental vinculados à Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).

A Operação Tamoiotatá é coordenada pelo Governo do Amazonas e envolve, além do Ipaam, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM), a Secretaria Executiva-Adjunta de Planejamento e Gestão Integrada (Seagi), o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), a Polícia Civil do Amazonas, o Batalhão de Policiamento Ambiental da Polícia Militar (BPamb/PMAM) e o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM).