O código-fonte é o conjunto de linhas de programação que orienta o funcionamento das urnas eletrônicas.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou nesta quinta-feira (2) a cerimônia de abertura do código-fonte das urnas eletrônicas, em Brasília. O ato, conduzido pela presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, marca oficialmente o início do processo eleitoral de 2026 e integra as medidas de segurança e transparência do sistema de votação.
O código-fonte é o conjunto de linhas de programação que orienta o funcionamento das urnas eletrônicas. Sua abertura permite que a sociedade civil, órgãos de fiscalização e instituições técnicas façam a inspeção do sistema, assegurando a confiabilidade do processo eleitoral.
Até 2020, esse procedimento era realizado seis meses antes das eleições. A partir de 2022, passou a ocorrer com um ano de antecedência. Segundo a ministra Cármen Lúcia, a medida fortalece a democracia ao dar mais acesso às informações do processo de votação:
“A democracia é um ambiente de participação permanente do povo, que deve ter conhecimento e confiança de que é o protagonista do processo. Por isso, é essencial que todos compreendam como funciona a votação e a apuração”, destacou a presidente do TSE.
Quem pode fiscalizar
De acordo com o TSE, diferentes órgãos e entidades podem acessar o código-fonte e acompanhar os testes, entre eles:
- Congresso Nacional;
- Controladoria-Geral da União (CGU);
- Ministério Público;
- Ordem dos Advogados do Brasil (OAB);
- Polícia Federal;
- Universidades;
- Representantes técnicos de partidos políticos.
A fiscalização é feita em uma sala do TSE, em Brasília, onde estão instalados computadores exclusivos para análise. O acesso exige cadastro, agendamento e senha individual. Não é permitida a entrada de equipamentos eletrônicos pessoais, como celulares.
Calendário de auditorias
O TSE divulgou o cronograma de etapas de segurança e fiscalização até as eleições de 2026:
- Outubro de 2025: Abertura do código-fonte
- Novembro de 2025: Teste Público de Segurança (TPS)
- Março de 2026: Testes de confirmação do TPS
- Agosto de 2026: Assinatura e lacração dos sistemas
- Setembro de 2026: Geração de mídias e preparação das urnas
- Véspera da eleição: Verificação da tabela de correspondência
- Dia da eleição: Zerésima, teste de integridade e boletim da urna
- Pós-eleição: Divulgação de boletins, arquivos de logs e Registro Digital do Voto (RDV)
Ao todo, serão 40 oportunidades de fiscalização antes, durante e depois da eleição, reforçando a transparência do processo eletrônico de votação.
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