Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), afirmou que bloco está a 500 km da foz do rio Amazonas
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), criticou nesta segunda-feira (16) a nomeação de um dos blocos de exploração de petróleo na Margem Equatorial pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
De acordo com ele, classificar a área como “Foz do Amazonas” foi um “grande equívoco”.
Silveira diz que o bloco em questão está localizado a cerca de 500 km da foz do rio Amazonas e a 200 km da costa brasileira, sem risco de impacto ambiental direto.
“Não há absolutamente nenhuma intercorrência com a foz”, afirmou o ministro, durante o seminário “Gás para Empregar”, promovido pela Fiesp, em São Paulo.

Silveira também comentou a importância estratégica da região em um cenário global de instabilidade.
“Estou chocado com a destruição de infraestruturas fundamentais para a segurança energética global (…) posição do ministério é de que é importante que a gente faça a pesquisa na margem equatorial, essa é uma frente fundamental para o Brasil”, disse.
Críticas ao preço do gás natural
Durante o evento, o ministro voltou a criticar os valores do gás natural praticados no país, que classificou como “absurdos”. Ele alertou para os impactos negativos sobre setores industriais com alto consumo de energia, como siderurgia, petroquímica e cerâmica.
“O preço do gás natural no Brasil é absurdo e prejudica nossa indústria intensiva em energia”, declarou.
Silveira apontou a prática da reinjeção de gás como um dos fatores que limitam a oferta no mercado e mantêm os preços elevados.

“Não há justificativa para isso. É importante que a Petrobras tenha consciência da importância de ampliar a oferta de gás”, disse, cobrando mudanças na política da estatal.
“A estrutura corporativa da Petrobras precisa mudar isso daqui pra frente”, concluiu.
Apesar das críticas, o ministro negou qualquer interferência na Petrobras. “Se houvesse, não continuaria tão valorizada como está”, afirmou.
Exploração na Foz do Amazonas
A exploração de petróleo na Foz do Amazonas avança com a aprovação, pelo Ibama, do plano de proteção à fauna da Petrobras.

Ao mesmo tempo, o MPF acionou a Justiça para suspender o leilão de 47 blocos na região. No Congresso, um projeto de lei que pode acelerar o licenciamento ambiental está em tramitação, ampliando a tensão entre desenvolvimento e preservação ambiental.
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