quinta-feira, 13 de março de 2025
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MST deflagra invasões e protestos em todas as regiões do país

MST
Foto: Daniel Castellano / AGP / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Nesta quinta-feira (13), militantes do Movimento Sem-Terra (MST) deflagraram ações coordenadas com invasões e protestos em estados de todas as regiões do país. As ações constam no calendário do movimento como parte da “Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra”.

As ações deste mês de março são resultado da articulação de 8 organizações: Comissão Pastoral da Terra (CPT), Frente Nacional de Luta (FNL), Movimento dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST), Movimento de Luta pela Terra (MLT), Movimento Popular de Luta (MPL), Movimento Social de Luta (MSL), Movimento Via do Trabalho (MVT) e Movimento Terra Livre (TL).  

Nas ações desta quinta, as mulheres do MST entoam o tema: “Agronegócio é violência e crime ambiental, a luta das mulheres é contra o capital”.

Regiões Norte e Nordeste

No início da manhã, diversas famílias invadiram duas propriedades consideradas improdutivas na região da Chapada Diamantina, na Bahia. De acordo com comunicado do MST, as propriedades estão localizadas nos municípios de Nova Redenção e Boa Vista do Tupim.

“A Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra denuncia o avanço do agro-hidro-mínero-negócio, responsável por expropriar comunidades, envenenar terras e rios, destruir biomas e aprofundar as desigualdades sociais na região”, diz um trecho do comunicado.

Procurada pela Gazeta do Povo, a assessoria do MST confirmou que o objetivo do movimento é de que os

Segundo o MST, também na manhã desta quinta, um grupo de mulheres realizou um ato contra a Mineração Vale Verde, localizada no município de Craíbas, interior de Alagoas.

Ainda na quarta-feira (12), outro grupo protestou em frente à superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no centro de Maceió, em Alagoas.

Mais cedo, um grupo de mulheres ligadas ao MST da região Amazônica e dos estados do Maranhão, Pará e Tocantins interditou um trecho da BR-010, via de acesso a uma das maiores fábricas de papel e celulose da Suzano no país.

A BR interditada trata-se de uma rota estratégica para o escoamento do agronegócio da região. Além de protestarem contra a produção de eucalipto, as mulheres falaram contra “violências a trabalhadores rurais, pulverização aérea de agrotóxicos e contaminação do solo e das águas”. 

No Rio Grande do Norte, militantes do MST vandalizaram os muros da subestação João Câmara III, da Chesf, em João Câmara. De acordo com o movimento, as mulheres fizeram um “escracho” na subestação em protesto contra “o avanço do capital de exploração energética”.

O grupo ainda interditou o trecho da rodovia onde se tem o encontro da BR-406 com a RN-120, sentido Parazinho.  

No Ceará, um grupo invadiu um trecho de terra do perímetro irrigado Tabuleiro das Russas, em Limoeiro do Norte. De acordo com o MST, a terra é improdutiva, pertence à União e está sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).

O movimento também realizou atos no litoral da Paraíba, nesta quinta, e em Pernambuco durante a semana, com encontros e reuniões.

Região Sudeste

O MST também informou que cerca de 1.000 mulheres invadiram uma área da empresa Suzano no município de Aracruz, no Espírito Santo.

“O MST denuncia as práticas criminosas da empresa Suzano e anuncia que para que se faça justiça social e ambiental no campo e na cidade, é preciso mais Reforma Agrária para assentar as famílias que querem produzir comida e não commodities”, diz uma nota do MST. 

De acordo com o movimento invasor, “são 22 áreas em conflito com a Suzano no ES e em todo Brasil, que não avançaram em nenhuma negociação”.

Em São Paulo, outro grupo de mulheres ligadas ao MST protestaram em frente à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), contra a “paralisação” da pauta da Reforma Agrária no estado.

Região Centro-Oeste

No Mato Grosso, um grupo de militantes protestou contra o agronegócio na Assembleia Legislativa do estado, em Cuiabá.

Entre as atividades realizadas no DF, nesta quinta, o grupo armou um acampamento, em Planaltina, “para fortalecer a Jornada de Luta das Mulheres do MST”.

Região Sul

No Rio Grande do Sul, as ações acontecem nos municípios de Guaíba, Porto Alegre, Pelotas, Santana do Livramento e Tupanciretã e incluem “marchas, intervenções culturais, debates, entrega e plantio de mudas”.

Além disso, o grupo fará a entrega de uma Notícia de Fato ao Ministério Público Federal, “com uma denúncia sobre a desregulamentação das normas ambientais relacionadas à silvicultura e seus impactos socioambientais”.

O grupo protesta contra o aumento da produção industrial de árvores exóticas, como eucalipto, pinus e acácia na região.


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