O helicóptero Arcanjo 04 estava em uma operação de resgate quando perdeu contato com a base.

Na noite de sexta-feira (11/10), um trágico acidente aéreo na região de Ouro Preto, Minas Gerais, resultou na morte de todos os seis tripulantes a bordo de um helicóptero do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG). Entre as vítimas estava o capitão Wilker Tadeu Alves, um militar altamente capacitado e com vasta experiência em operações de resgate, incluindo a notória missão de apoio às vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho, em 2019.

O helicóptero Arcanjo 04 estava em uma operação de resgate quando perdeu contato com a base. O Corpo de Bombeiros mobilizou imediatamente um grande esforço de busca, contando com mais de 84 profissionais, incluindo bombeiros, agentes de segurança e cães de busca. O apoio também veio de aeronaves da Força Aérea Brasileira e de outros órgãos envolvidos na operação. O acidente ocorreu em um momento crítico, pois a aeronave estava atendendo a uma emergência na área.

O 1º tenente Henrique César Barcellos, porta-voz do CBMMG, destacou a qualificação dos pilotos do Batalhão de Operações Aéreas, afirmando que todos são “plenamente capacitados” para suas funções. “Certamente, o capitão Wilker tomou uma decisão pautada na experiência e na condição que ele tinha de momento”, frisou Barcellos em uma coletiva de imprensa realizada no sábado (12/10).

O capitão Wilker Alves era conhecido por sua dedicação e profissionalismo. Em uma entrevista ao jornal Estado de Minas em janeiro deste ano, ele compartilhou sua experiência durante a tragédia de Brumadinho, onde 272 pessoas perderam a vida. Apesar de estar afastado devido ao nascimento de seu primeiro filho, ele decidiu se unir às operações de resgate por considerar urgente a situação.

“No dia do rompimento, acompanhei pela televisão, e nos dias seguintes, fui atuar em apoio à sociedade e ao cidadão mineiro. Não tinha jeito de ficar em casa”, relatou o capitão, evidenciando seu compromisso com o bem-estar da população.