Candidato a Prefeito de Manaus, deputado federal Capitão Alberto Neto (PL) afirmou na manhã da última quinta-feira (5) que o candidato apoiado pelo presidente Lula (PT) é o prefeito David Almeida (Avante) e não Marcelo Ramos, do PT.

“Hoje o David é Lula. Está com Omar Aziz, está com Eduardo Braga, senadores que são os líderes do governo Lula. O candidato do Lula nessas eleições, para quem não sabe, se chama David Almeida, não é Marcelo Ramos”, disse em entrevista ao Grupo dos Seis, formado pelos sites de notícias Amazonas Atual, BNC, Portal do Marcos Santos, Portal do Mário Adolfo, Portal Único e Blog do Hiel Levy.

O candidato argumentou que queriam esconder que David Almeida é apoiado por Lula devido à rejeição que o partido do presidente tem em Manaus, pois Manaus é de direita, segundo Alberto Neto.

“Marcelo Ramos entrou, já falei na cara do Marcelo Ramos, entrou nessa eleição para pegar a rejeição do PT, do Lula, porque queriam esconder que o Lula apoia o David Almeida, porque Manaus é de direita, Manaus é Bolsonaro, e colocaram o Marcelo Ramos para puxar essa rejeição”, disse.

Alberto Neto foi questionado sobre ter sido o único deputado do Amazonas a votar contra a Zona Franca de Manaus na reforma tributária.  Ele alegou que naquele momento a reforma não estava preparada.

“Votei sempre favorável à Zona Franca de Manaus porque é uma bandeira comum, mas com pensamentos diferentes. Votei contra a reforma porque achei que a reforma não estava pronta ainda. Era ruim para a Zona Franca e é ruim para o Brasil”, justificou.

O parlamentar alegou que os termos da reforma tributária iriam prejudicar Zona Franca e causar queda na arrecadação do estado. No entanto, o texto aprovado garantiu a competitividade do Polo Industrial de Manaus e os incentivos fiscais.

“Na minha visão, naquele momento, eu falei: ‘olha, ainda não está madura o suficiente para que a gente possa ter confiança, que o modelo que estamos vivendo atual é pior do que está por vir’. O que nós estamos vivendo hoje é melhor do que o que está vindo, então, por que eu vou votar algo que vai ser pior? Então, não estava confiante”, finalizou.