É esperado para este domingo (8), por volta das 20h40 (pelo horário de Brasília), que um satélite desativado da NASA, presente na órbita da Terra há quase 40 anos, despenque sobre o nosso planeta.
Em comunicado emitido na noite de sexta-feira (6), a agência informou que a maior parte do Satélite de Orçamento de Radiação da Terra (ERBS), de 2.450 kg, será incinerada à medida que passar pela atmosfera, mas que alguns componentes podem resistir.
De qualquer forma, “o risco de danos a qualquer pessoa na Terra é muito baixo – aproximadamente 1 em 9.400”, diz a NASA.
Parte integrante de uma missão de três satélites da agência, o ERBS, foi lançado para a órbita baixa da Terra a bordo do ônibus espacial Challenger, em 1984.
Ele usou três instrumentos científicos para estudar como o nosso planeta absorve e irradia energia solar. Embora tenha sido projetado para operar por apenas dois anos, continuou funcionando até 2005, após o que se tornou lixo espacial.
Com uma imprecisão de cerca de 17 horas, o mergulho da morte do ERBS virá na esteira de algumas outras quedas de lixo espacial mais dramáticas.
Em 2022, por exemplo, dois núcleos de foguetes chineses Long March 5B, de aproximadamente 23 toneladas, caíram de volta à Terra sem controle. Esses episódios ocorreram em julho e novembro, respectivamente, cerca de uma semana depois que os foguetes ajudaram a lançar novos módulos para a estação espacial Tiangong.
Os primeiros estágios de outros foguetes orbitais são direcionados para uma destruição controlada logo após a decolagem ou descem para um pouso seguro e reutilização futura (no caso dos propulsores da SpaceX). Assim, as quedas da Longa Marcha 5B atraíram críticas de amplas faixas da comunidade espacial.
A queda do ERBS nesta noite é um lembrete de que a órbita da Terra é povoada por muito lixo espacial, o que representa uma ameaça cada vez maior à medida que mais e mais satélites são lançados.
Com informações de olhardigital
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