Após acusações formais na Rússia, o WhatsApp enfrenta possível multa por “falhar” em remover conteúdo proibido no país; entenda o caso
O WhatsApp, de propriedade da Meta, pode ser sujeito a uma multa de até 4 milhões de rublos russos (equivalente a cerca de US$ 50 mil ou R$ 250 mil) devido a acusações da Rússia sobre o mensageiro não remover conteúdo proibido no país. Conforme reportado pela agência de notícias estatal RIA na sexta-feira (19), um tribunal de Moscou está responsabilizando o WhatsApp por sua suposta falha em deletar o material banido.
Meta foi banida por ser “organização extremista” na Rússia
No último ano, a Meta Platforms Inc., empresa mãe do WhatsApp, enfrentou um banimento na Rússia por ser rotulada como uma “organização extremista” no ano passado. No entanto, o próprio aplicativo de mensagens, que é de grande popularidade no país, não havia encontrado até agora ações judiciais por sua falha em eliminar conteúdo proibido.
Conforme o relatório da RIA, os detalhes específicos sobre o conteúdo que o WhatsApp supostamente falhou em deletar não foram mencionados. O caso administrativo contra o WhatsApp foi iniciado pelo Roskomnadzor, o regulador de comunicações na Rússia.
Durante o início de sua campanha militar na Ucrânia, a Rússia implementou rigorosas regulamentações de censura militar. Essas leis resultaram na imposição de multas a várias empresas de tecnologia, incluindo Google, Wikipedia e Discord.
WhatsApp também enfrenta possível banimento no Reino Unido
Outro problema no horizonte para o WhatsApp é uma nova medida do governo do Reino Unido que pode proibir o mensageiro, caso a Lei de Segurança Online seja aprovada. Se implementada, redes sociais serão obrigadas a desativar a proteção de mensagens por criptografia.
O projeto de lei visa combater, principalmente, o terrorismo e o abuso sexual infantil online. A intenção das autoridades é rastrear o que é dito nas conversas de redes sociais para evitar essas práticas criminosas.
Anteriormente, Will Cathcart, chefe do WhatsApp, disse que prefere que o aplicativo seja removido da região caso as autoridades solicitem o enfraquecimento da privacidade do mensageiro. Segundo ele, essa é uma legislação preocupante.
Uma carta assinada por algumas empresas de mídias sociais que serão afetadas caso a lei entre em vigor, incluindo WhatsApp, se posicionaram contra a legislação. Além da quebra das criptografias, o projeto de lei aborda diversos aspectos digitais na Grã-Bretanha. O projeto está em elaboração por mais de quatro anos e conta com mais de 250 páginas.
Com informações: Reuters
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