Traficantes reagiram com violência à megaoperação deflagrada na manhã desta terça-feira nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, usando drones para lançar granadas contra policiais da Core e do Bope.
A ação, que mobiliza 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar e conta com a participação do Ministério Público, tem como alvo cem mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho — 30 deles foragidos de outros estados — e mira chefes do tráfico responsáveis por expandir a atuação da facção dentro e fora do Rio. A ação, que conta com a participação do Ministério Público e integra mais uma fase da Operação Contenção, mira chefes do tráfico responsáveis por expandir a atuação da facção dentro e fora do Rio.
Quatro pessoas foram mortos — dois eram da Bahia — e 22 presos, entre elas o operador financeiro de Edgard Alves de Andrade, o Doca, apontado como membro da cúpula do CV na Penha, segundo a polícia. Um cabo do Bope, um policial civil, um morador em situação de rua, um homem e uma mulher foram baleados. Segundo a Polícia Militar, o agente não corre risco de morte. Imagens mostram criminosos fugindo por áreas de mata e barricadas em chamas formando colunas de fumaça visíveis a quilômetros de distância.
A operação ocorre após mais de um ano de investigação conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e tem como objetivo conter o avanço territorial da facção. Participam agentes de todas as delegacias especializadas, unidades da capital e Região Metropolitana, além de helicópteros, 32 blindados e veículos de demolição. Por causa da ação, 45 escolas municipais fecharam, cinco clínicas da família suspenderam atendimentos externos, e 12 linhas de ônibus foram desviadas.
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