17/08/2025
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Vereadores de Manaus brigam durante sessão após serem chamados de “ratos” por convidado

Foto: reprodução
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O presidente da sessão, vereador Raulzinho, interveio para encerrar o embate.

A sessão da Câmara Municipal de Manaus (CMM) nesta terça-feira (12/08) foi marcada por tensão e troca de farpas entre vereadores, após o biomédico João Vitor, viúvo de Giovana Aquino — morta grávida de oito meses ao cair com a moto em um buraco na avenida Djalma Batista — chamar parlamentares de “ratos” durante seu pronunciamento.

João Vitor teve a palavra concedida pelo vereador Coronel Rosses (PL), após ter sido impedido de se pronunciar na semana passada. Em seu discurso, ele criticou duramente a postura de alguns vereadores diante da tragédia que atingiu sua família.

“Alguns vereadores deturparam o conceito dessa Casa, de Casa do Povo, a mando do Prefeito. Eu vi a minha família sendo humilhada ali em cima, enquanto alguns vereadores se comportaram igual ratos, apagaram as luzes, apagaram o painel e saíram no silêncio, na surdina e deixaram a gente ali, aos prantos”, declarou João.

A fala gerou reação imediata do vereador Eduardo Alfaia (Avante), que repudiou o termo utilizado.

“Eu não posso aceitar, não posso compactuar, primeiro com uma infração. Com todo o respeito à fala do senhor e à sua dor. Mas o senhor não tem o direito de vir aqui a esta Casa chamar os vereadores de ratos. Não cabe essa fala. Eu não encaixo nesse título, se alguns aqui aceitam, esse vereador que vos fala não aceitará essa rotulação. Com todo o respeito que tenho à sua dor neste momento, lamento muito. Inclusive, tenho a humildade de pedir desculpa, se houve alguma falha da nossa parte”, afirmou Alfaia.

O vereador Gilmar Nascimento (Avante) também se posicionou, criticando a atitude de Rosses por trazer a família da vítima sem comunicar aos colegas.

“Senhor presidente, o senhor Rosses não pode fazer o que quer nesta Casa. Existe um regimento, ele não pode trazer alguém aqui para falar e colocar porque não é assim que funciona. Uma pessoa vem com todo o sofrimento que está passando, mas não pode pegar o regimento e rasgar. O Rosses sabe que pode ir para a tribuna popular, fazer o requerimento, mas trouxe toda a família sem falar nada para ninguém na semana passada. E hoje faz de novo a mesma coisa, sem avisar, e a pessoa chega aqui e simplesmente esculhamba todos os vereadores dessa Casa”, declarou Nascimento.

Rosses chegou a se desculpar pelo termo usado por João e defendeu a manutenção da fala.

“A fala está comigo, eu já até solicitei a ele que maneirasse em relação à fala dirigida a esta Casa, mas a palavra está comigo e ela foi cedida pelo presidente da Casa para que o pai que aqui está fale. Em seguida, abrirei espaço para quem quiser fazer a última palavra”, disse.

O presidente da sessão, vereador Raulzinho, interveio para encerrar o embate.

“Claro que a gente respeita todo o momento de qualquer cidadão dessa cidade. Peço até que tirem do cartográfico (a palavra rato) da Câmara, porque isso não pode. A gente respeita a dor, mas tenho certeza que o cidadão não conhece cada vereador desta Casa para acusá-los ou chamá-los de tal nome. A gente não permitirá, a sua palavra não será aceita. Quero deixar claro que foi através de uma conversa com o presidente David que ele autorizou a trazer o cidadão no dia de hoje”, afirmou.


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