Três americanos, dois espanhóis e um cidadão tcheco foram detidos na Venezuela, acusados de estarem vinculados a um suposto plano para “desestabilizar” e gerar “ações violentas” no país.
O anúncio foi feito neste sábado (14) pelo ministro do Interior, Diosdado Cabello, que relatou a apreensão de 400 fuzis dos Estados Unidos.
Cabello citou também um suposto plano de atentado contra o presidente Nicolás Maduro e autoridades do Executivo, após as eleições de 28 de julho. Na data, foi proclamada a reeleição de Maduro, em meio a denúncias de fraude pela oposição.
“Foram recentemente detidos dois cidadãos espanhóis em Puerto Ayacucho [Amazonas, sul], José María Basua e Andrés Martínez Adasme”, disse Cabello em uma coletiva de imprensa. Ele também falou sobre um plano para supostamente “gerar violência” e “desestabilizar” o país.
Cabello acrescentou que foram capturados um cidadão tcheco e três americanos, identificados como Wilbert Josep Castañeda, um “militar da ativa” e “chefe” da operação, Estrella David e Aaron Barren Logan.
As prisões ocorrem em meio a fortes tensões diplomáticas entre Caracas e os governos da Espanha e dos Estados Unidos.
Nesta semana, a Venezuela chamou sua embaixadora em Madri para consultas e convocou o embaixador espanhol em Caracas para protestar contra os questionamentos à reeleição de Maduro.
As relações com o país europeu também se complicaram pela decisão do chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, de se reunir em La Moncloa com o opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, que é procurado pela justiça de seu país e viajou à Espanha para solicitar asilo.
Cabello vinculou os supostos planos para “atacar” a Venezuela a centros de inteligência da Espanha, dos Estados Unidos e à líder opositora María Corina Machado, além de outros dirigentes.
“Contataram mercenários franceses, mercenários do leste europeu e estão em uma operação para tentar atacar nosso país”, acrescentou.
* Com informações do G1
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