Casa Branca coloca Nigéria na lista de preocupação em liberdade religiosa.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ter solicitado ao Pentágono que se prepare para uma possível intervenção militar na Nigéria, caso o governo nigeriano “continue permitindo assassinatos de cristãos”. Segundo as declarações, a operação miraria posições de grupos terroristas, como ISS e B0ko Haram — este último, um movimento jhadista sunita fundado em 2002 que busca impor a Sharia na Nigéria e em países da África Ocidental. O nome B0ko HAram é tradicionalmente traduzido como “a educação ocidental é pecaminosa”.
A sinalização de Washington ocorre em paralelo à inclusão da Nigéria na lista de Country of Particular Concern (País de Particular Preocupação) em matéria de liberdade religiosa. A designação abre caminho para sanções e outras medidas diplomáticas, embora não determine ações automáticas.
De acordo com as declarações atribuídas a Trump, a orientação ao Pentágono se baseia na necessidade de “proteger comunidades cristãs” diante de ataques e perseguições, especialmente em áreas afetadas pela atuação de células extremistas. O B0ko Haram e grupos associados já foram responsabilizados, ao longo dos anos, por atentados, sequestros e ofensivas armadas em regiões do norte e nordeste nigeriano, além de incursões transfronteiriças em países vizinhos.
Autoridades nigerianas não haviam comentado imediatamente o anúncio, enquanto organizações internacionais acompanham os desdobramentos da designação de País de Particular Preocupação. A medida, por sua vez, tende a intensificar a pressão sobre o governo local a respeito da proteção a minorias religiosas e do enfrentamento a milícias e células alinhadas a grupos terroristas.
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