Suspeitos usavam nome de administradora verdadeira, abriam empresas fantasmas em imóveis alugados e anunciavam veículos nas redes sociais para atrair vítimas.

Um homem, apontado como sócio de uma empresa falsa, e a funcionária dele foram presos nessa segunda-feira (17), suspeitos de aplicar golpes envolvendo a venda de consórcios de carros e casas em Manaus. As prisões ocorreram após o avanço das investigações conduzidas pela Delegacia Especializada em Crimes Contra o Consumidor (Decon).

De acordo com o delegado Rafael Guevara, as apurações tiveram início depois que diversas vítimas procuraram a especializada para relatar que haviam perdido valores significativos ao caírem no golpe. “Nós estamos levantando os valores, até o momento nós atendemos 10 vítimas, mas sabemos que outros boletins de ocorrência foram registrados em outras delegacias, são dezenas de vítimas com certeza”, afirmou.

Para executar o esquema, os suspeitos e outros comparsas usavam o nome e a logomarca de uma administradora de consórcios legítima, sediada na Paraíba. A partir disso, abriram duas “empresas fantasmas” em imóveis alugados, onde recebiam as vítimas. “Eles pegaram o nome de uma administradora de consórcio, Promove Consórcios, que não é aqui no estado do Amazonas, abriram duas empresas aqui em Manaus com a denominação quase idêntica, mudando só a terminologia final do nome da empresa, e passaram a aplicar esses golpes”, explicou o delegado.

Os anúncios eram feitos nas redes sociais, principalmente no Facebook Marketplace, com ofertas de veículos usados e cartas de crédito de alto valor, inclusive para pessoas com score baixo ou nome com restrição. As vítimas pagavam valores de entrada que variavam entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, acreditando que receberiam o veículo em curto prazo, o que nunca acontecia. Os suspeitos, segundo a polícia, nunca tiveram os carros anunciados.

Durante a Operação Consórcio de Papel, duas pessoas foram presas e mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Dos quatro alvos, dois seguem foragidos. As investigações continuam, e a polícia acredita que mais vítimas devem procurar as autoridades nos próximos dias.