domingo, 6 de julho de 2025
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Silas Câmara tenta se justificar após ser o único do AM a votar a favor do texto da reforma tributária que prejudica a ZFM

Silas Câmara
Silas Câmara

A justificativa veio após repercussão negativa e o deputado ser acusado de virar as costas para a Zona Franca de Manaus.

O deputado federal Silas Câmara (Republicanos), que se tornou alvo de severas críticas por ser o único representante do Amazonas a votar nesta semana favoravelmente ao texto da reforma tributária, delineada pelo PLP 68/2024, na Câmara dos Deputados mesmo com os evidentes prejuízos da proposta à Zona Franca de Manaus (ZFM), tentou se justificar para o eleitorado amazonense.

A decisão de Câmara gerou um clamor de indignação entre seus colegas de bancada e a população amazonense. Enquanto os outros sete deputados do estado votaram contra o projeto, Câmara optou por apoiar a medida, alegando que a legislação ainda passará por “aperfeiçoamentos” no Senado, onde o senador Eduardo Braga (MDB) será o relator.

O relator do projeto, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), rejeitou diretamente mais de 20 emendas propostas pelos parlamentares do Amazonas. No entanto, incorporou duas sugestões que beneficiam a Zona Franca: a criação de contribuições para financiar a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e os Fundos de Desenvolvimento do Interior (FTI) e de Micro e Pequenas Empresas (FMPES), além de uma disposição sobre o crédito presumido das indústrias do estado.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o deputado tentou se explicar: “Eu votei sim e tem muitas pessoas me perguntando porque eu votei sim. Estou há 28 anos na Câmara Federal, sempre em defesa da Zona Franca de Manaus. Muitos aproveitadores da política tentam incutir que eu sou contra a ZFM e vocês sabem que isso não é verdade”, afirmou.

“Apenas começou o processo legislativo para a aprovação final desta Lei Complementar 68. Foi votado na Câmara, vai ser votado no senado, lá inclusive o relator será o senador Eduardo Braga, e volta para a Câmara Federal novamente. O que quer dizer que o processo legislativo começou na Câmara Federal, vai ser aperfeiçoado no Senado e vai de novo a Câmara”, justificou o deputado.

No entanto, o que Silas Câmara não explicou foi por que decidiu se desvincular da posição unânime de seus colegas de bancada, que claramente enxergaram na proposta de reforma um grande risco para a economia regional. A Zona Franca de Manaus é um pilar fundamental para o desenvolvimento econômico e social do estado, sendo responsável pela geração de milhares de empregos e pela atração de investimentos. Qualquer ameaça a esse modelo econômico deve ser enfrentada com a máxima resistência e unidade entre os representantes políticos do Amazonas.

A justificativa de que o projeto será “aperfeiçoado” no Senado soa como um voto de confiança ingênuo, para não dizer conivente, em um processo legislativo que historicamente nem sempre atendeu aos interesses da região Norte.


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