Com ele também foram encontrados vários insumos para a produção de material bélico.
Clovis de Oliveira Siqueira Júnior, mais conhecido no crime como “Senhor das Armas”, foi preso durante a Operação Paiol da Polícia Civil em conjunto com o 1º DIP. A prisão ocorreu na casa de Clovis, localizada no bairro Parque 10, zona sul.
Conforme informações repassadas pelo delegado Cícero Túlio, no momento da prisão, o suspeito estava com sete pistolas, uma submetralhadora, que pertencia a policial, e mais de 30 mil munições.
“Conseguimos encontrar uma expressiva quantidade de munições que se aproximam de 30 mil munições de diversos calibres, 9mm, 45,380,40,22, além de oito armas de fogo, inclusive uma submetralhadora que era de titularidade de um policial militar que se suicidou no último mês”, diz Cícero.
Com ele também foram encontrados vários insumos para a produção de material bélico. Clovis ainda mantinha um depósito de armas na avenida Torquato Tapajós, que abastecia facções.
“A gente partiu para outro endereço onde ele também confidenciou que mantinha sob guarda outra parte do material, foi possível coletar também mais munições e insumos para produção de material bélico”.
A polícia chegou a Clovis há cerca de 20 dias, durante outra investigação envolvendo tráfico de armas. Na ocasião, um “cliente” dele que também estava sendo monitorado conseguiu fugir da polícia, mas deixou para trás uma caixa de munições que levaram a Clovis.
“Iniciamos um trabalho de monitoramento constante em relação a esse alvo e por conta de uma campana que foi feita a gente conseguiu coletar ainda durante a fuga de um outro suspeito que passou lá para comprar esse material bélico, uma caixa de munições com 50 munições calibre 9mm, o que foi possível para que a gente pudesse representar pela busca e apreensão na casa desse suspeito”.
Segundo o delegado, o homem chegou a ser sócio de uma loja de equipamentos táticos e usava o estabelecimento para manter a atividade de venda clandestina de armas e munições para criminosos.
Conseguimos levantar a informação que possivelmente o suspeito estaria mantendo sob sua posse milhares de munições e armas de fogo, inclusive insumos para produção de material bélico”, explica.
“Pelo o que foi levantado durante o curso das investigações, os elementos indicam que ele promovia de forma paralela essa atuação clandestina aí no comércio ilegal de armas de fogo e munições, isso tudo faz parte do inquérito que a gente vai remeter para a Justiça”, ressalta o delegado.
Clovis preferiu permanece em silêncio e segue sendo investigado. “ Ele se reservou ao direito constitucional de permanecer em silêncio, mas os elementos que foram coletados durante o curso da investigação apontam a participação de outras pessoas. A gente não descarta também o envolvimento dele com outras pessoas ou até com ações criminosas, haja vista a quantidade do material que foi apreendido”, finaliza.
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