Entre os ataques, o radialista acusou Moraes de “não ser homem”.

O radialista Roque Saldanha, investigado por tentativa de golpe de Estado, voltou ao centro das atenções após divulgar um vídeo polêmico nas redes sociais. Na gravação, Saldanha confrontou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), exibindo uma tornozeleira eletrônica quebrada e proferindo ofensas contra o magistrado.

Entre os ataques, o radialista acusou Moraes de “não ser homem” e, em tom ofensivo, disse que o ministro deveria “enfiar a tornozeleira no cu”. O equipamento foi rompido após Saldanha alegar que estava “cozinhando” sua perna.

Descumprimento de medidas cautelares

Saldanha foi liberado da prisão em 24 de janeiro de 2023, sob a condição de uso de monitoramento eletrônico e cumprimento de um perímetro determinado pelo STF. No entanto, segundo registos do Supremo, ele violou repetidamente as restrições impostas, incluindo sair da área delimitada e deixar a bateria do dispositivo descarregar em diversos benefícios.

As descobertas levaram Moraes a solicitar a prisão preventiva de Saldanha no dia 24 de novembro, o que teria motivado o vídeo do radialista, divulgado logo após a decisão.

Saldanha foi preso inicialmente em janeiro de 2023 sob acusação de incitar atos violentos contra o Estado Democrático de Direito e ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo o processo, ele utilizou suas redes sociais para convocar e incentivar manifestações que visavam desestabilizar as instituições democráticas do país.

Após sua liberação, Saldanha resolveu o monitoramento eletrônico, mas o descumprimento das medidas cautelares reacendeu o caso e levou a uma nova ordem de prisão.

Desafios ao STF

No vídeo, Saldanha acusa Alexandre de Moraes de persegui-lo e insinua que o monitoramento era abusivo. “Tu deveria era criar vergonha na cara e aprender a virar homem, rapaz”, declarou, demonstrando descontentamento com as medidas judiciais impostas.

As declarações do radialista geraram forte repercussão nas redes sociais, dividindo opiniões entre apoiadores que o veem como uma vítima de censura e críticos que condenam sua postura agressiva e desrespeitosa em relação às instituições democráticas.