23/12/2025
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Queimadas na Amazônia batem novo recorde no governo Lula; aumento é de 154%

Queimadas na Amazônia
Queimadas na Amazônia

O aumento das queimadas é um dado preocupante para um governo que assumiu com uma forte agenda ambiental e prometeu combater o desmatamento na Amazônia.

A Amazônia está enfrentando um aumento alarmante de queimadas em 2024, registrando um novo recorde durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de focos de incêndio na floresta nos primeiros quatro meses do ano subiu 154% em relação ao mesmo período de 2023, totalizando 8.895 casos. Em 2023, houve 3.381 focos de incêndio entre janeiro e abril.

O aumento das queimadas é um dado preocupante para um governo que assumiu com uma forte agenda ambiental e prometeu combater o desmatamento na Amazônia. Durante a campanha eleitoral e no primeiro ano de seu mandato, Lula fez críticas severas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por sua postura em relação à floresta, acusando-o de incentivar práticas que contribuem para a destruição da Amazônia.

No entanto, apesar da retórica ambiental, o governo Lula tem sido criticado por não agir de maneira consistente no combate às queimadas. Programas de governo enfatizaram a importância de proteger a Amazônia, mas o orçamento para o combate às queimadas no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) sofreu um corte de 24%.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tornou-se uma voz proeminente nas questões ambientais e, em seus discursos, e destaca uma queda de 50% nos desmatamentos no país. No entanto, ela tem evitado mencionar as queimadas, concentrando-se apenas nos dados favoráveis ao governo. Críticos dizem que a ministra deveria abordar o aumento significativo das queimadas para refletir a realidade do momento.

As queimadas e o desmatamento são dois fenômenos distintos, mas interligados na destruição da floresta. O desmatamento refere-se ao corte sistematizado de árvores para extração de madeira e abertura de áreas para a agropecuária. Já as queimadas podem ocorrer por causas naturais, como raios, ou humanas, quando usadas para limpar terrenos para plantio. No entanto, muitas queimadas saem do controle e causam danos significativos ao ecossistema.

A diferenciação entre desmatamento e queimadas também tem implicações políticas. Governos costumam usar a distinção para apresentar seus resultados de maneiras que beneficiem sua imagem. No entanto, a realidade é que ambos os fenômenos contribuem para a degradação da floresta amazônica.

O novo recorde de queimadas é um alerta para o governo Lula e para a comunidade internacional sobre a necessidade urgente de políticas mais eficazes para proteger a Amazônia.

Os biomas com maior número de queimadas registradas este ano são a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica. Confira:

Amazônia – 8.969 queimadas – 52,6% do total
Cerrado – 4.506 queimadas – 26,4%
Mata Atlântica – 1.746 queimadas – 10,2%
Caatinga – 1.115 queimadas – 6,5%
Pantanal – 646 queimadas – 3,8%


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