A união homoafetiva foi celebrada pelo juiz Marcelo Cruz de Oliveira no Cartório de Nhamundá
O casamento de Raianne da Costa Carvalho e Clarissa Manuella Brito de Lima Carvalho movimentou Nhamundá (a 375 quilômetros de Manaus) no último dia 12 de março. É o primeiro casamento entre pessoas do mesmo sexo no município.
A união homoafetiva foi celebrada pelo juiz Marcelo Cruz de Oliveira no Cartório de Nhamundá e reuniu familiares e amigos e amigas do casal. Também teve participação de representantes do movimento LGBTQIAPN + do município.
Para o juiz Marcelo Cruz de Oliveira, a união de Raianne e Clarissa Carvalho é simbólica para cumprimento dos direitos civis e defesa de uma sociedade mais justa e inclusiva.
“Estamos aqui para reafirmar que a diversidade não é para ser temida ou escondida, mas celebrada. Este casamento não diminui ou ameaça qualquer outro tipo de casamento. Pelo contrário, ele fortalece a instituição ao reafirmar os valores fundamentais das sociedades modernas”, disse o magistrado.
Para Raiane, o sentimento é de que o amor entre elas inspire outros casais a também contraírem matrimônio. “É com imensa alegria e orgulho que compartilhamos nossa realização, somos o primeiro casal homoafetivo a se casar em nosso Município de Nhamundá.
Esperamos que nosso amor e compromisso possam inspirar outros casais a seguir o mesmo caminho do matrimônio, celebrando a diversidade e a igualdade”, disse.
Direito assegurado
O direito à união foi assegurado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) com a publicação da Resolução nº 175/2013, norma que padronizou a atuação dos cartórios no momento de garantir o direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.
São quase 58 mil casamentos entre mulheres, desde 2013, segundo estatística até 2024 da Central de Informações do Registro Civil (CRC Nacional), base de dados nacional sobre nascimentos, casamentos e óbitos, da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que representa os 7.678 Cartórios de Registro Civil do país.
O recorde ocorreu em 2015 quando foram celebrados 11.360 casamentos homoafetivos femininos em todo o país. Em 2023, foram 7.236 e, só nos dois primeiros meses de 2024, somaram 1.334. O número é superior às 1.054 uniões registradas durante 2013, primeiro ano de vigência da Resolução do CNJ.
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