quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
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Polícia desarma esquema de corrupção após detectar que Secretaria de Saúde de município fazia exames transvaginais em homens

Foto: divulgação
Foto: divulgação

A ação envolve prefeitos, ex-secretários municipais de saúde, servidores públicos, médicos e intermediários.

A Polícia Civil da Bahia deflagrou, nesta terça-feira (17), a Operação USG , com o objetivo de combater um esquema de corrupção responsável pelo desvio de R$ 12 milhões de verbas públicas destinadas à saúde no município de Formosa do Rio Preto, no oeste baiano, próximo à divisão com o Piauí. A ação envolve prefeitos, ex-secretários municipais de saúde, servidores públicos, médicos e intermediários acusados ​​de fraudes em licitações e contratos de serviços médicos.

A operação, conduzida pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco) , por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), cumpriu mandatos de busca e apreensão em residências e empresas nas cidades de Formosa do Rio Preto (BA), Corrente e Bom Jesus (PI).

Esquema de fraudes e irregularidades

As investigações revelaram práticas graves de irregularidades na Secretaria Municipal de Saúde de Formosa do Rio Preto. Entre as evidências coletadas pela polícia estão:

  • Realização de exames incompatíveis , como ultrassonografias transvaginais em homens cisgêneros;
  • Pagamentos por serviços médicos não prestados à população;
  • Plantões fictícios com pagamentos indevidas;
  • Listas fraudulentas de pacientes;
  • Quantidades de exames realizados incompatíveis com a realidade do município;
  • Uso de empresas de fachada para desviar os recursos.

Além disso, clínicas com contratos públicos e investigados tiveram valores bloqueados pela Justiça, como parte do esforço para interromper o fluxo financeiro ilegal e recuperar os montantes desviados.

Operação em andamento

A Draco ampliará as investigações com base nos materiais apreendidos durante as diligências da operação. Segundo a Polícia Civil da Bahia, há a possibilidade de novos envolvidos serem identificados, bem como a descoberta de valores desviados ainda maiores do que os R$ 12 milhões já estimados.

“A partir dos materiais coletados nas diligências da Operação USG, o Draco irá ampliar as investigações, estimando a possibilidade de participação de outros suspeitos e de valores desviados além do que foi encontrado até esta fase das apurações”, afirmou o departamento responsável pela operação.

Impacto do esquema

Os desvios milionários geraram impactos severos nos serviços de saúde oferecidos à população de Formosa do Rio Preto. O uso ilícito de palavras públicas contribui para a precarização do atendimento básico, prejudicando principalmente a população mais vulnerável, que depende integralmente do sistema público de saúde.

Com a operação em andamento, a expectativa é que os responsáveis ​​pelo esquema sejam identificados e punidos, e que os recursos desviados sejam devolvidos aos cofres públicos. A Polícia Civil segue na busca por provas para garantir a responsabilização dos envolvidos e prevenir novos crimes de corrupção no município.

  • com informações ampost

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