01/08/2025
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PIX mais seguro: MED 2.0 amplia alcance do rastreio de valores em fraudes

PIX
Foto reprodução

Nova funcionalidade permitirá o bloqueio de recursos mesmo após múltiplas transferências, dificultando a triangulação por criminosos

O Banco Central está desenvolvendo uma nova versão do Mecanismo Especial de Devolução (MED), ferramenta criada para facilitar a restituição de valores transferidos via PIX em casos de fraude. Batizada de MED 2.0, a atualização deve ser lançada em fevereiro de 2026.

Com a nova funcionalidade, o processo de rastreamento do dinheiro oriundo de golpes será ampliado, aumentando as chances de as vítimas recuperarem os valores perdidos. O aprimoramento permitirá identificar e bloquear recursos não apenas na conta diretamente envolvida na fraude, mas também em contas subsequentes que tenham recebido os valores — dificultando o uso da chamada triangulação por criminosos, prática comum para disfarçar o caminho do dinheiro.

A expectativa do Banco Central é que o MED 2.0 reforce a segurança das transações por PIX e desestimule ações fraudulentas, oferecendo uma resposta mais eficaz às vítimas e mais obstáculos aos golpistas.

A advogada Ana Francisca Carvalho, especialista em sistema bancário, fala das vantagens do aprimoramento do sistema. 

“O MED, estabelecido em 2021, é um mecanismo exclusivo do PIX, criado para facilitar as devoluções em casos de golpes ou fraudes, aumentando as possibilidades de a vítima reaver os recursos transferidos. Esse mecanismo tem uma crucial importância na sociedade atual; negociações e transações são realizadas majoritariamente em ambiente virtual, o que traz praticidade, liberdade financeira, mas maior vulnerabilidade do cidadão, por delitos cometidos por terceiros de má fé. Por se tratar o PIX de um pagamento instantâneo, o dinheiro caí de imediato na conta do recebedor. Então, a agilidade na tomada de providências pelo cliente é o fator decisivo na possibilidade de êxito na recuperação de valores via MED.  Isso porque o êxito na recuperação da quantia depende da localização de recursos na conta de destino do PIX, ou seja, na conta de quem recebeu o valor do PIX.  Então, esse aperfeiçoamento, ele vai aumentar as chances de recuperar os valores”, explicou Ana Franscisca.

MED: como funciona

 Atualmente, o MED consegue rastrear apenas a primeira conta para a qual o dinheiro foi transferido. Com o MED 2.0 será possível seguir o dinheiro transferido por roubo ou fraude nas cinco transferências seguintes. 

MED funciona da seguinte maneira: a pessoa que teve o dinheiro roubado reclama na sua instituição; a instituição avalia o caso e, se entender que faz parte do MED, o recebedor do seu PIX terá os recursos disponíveis bloqueados na conta.

A seguir, o caso é analisado em até 7 dias. Se for concluído que não foi fraude, o recebedor terá os recursos desbloqueados. Se for fraude, em até 96 horas o cliente que fez o PIX receberá o dinheiro de volta (integral ou parcialmente), a depender dos recursos existentes na conta do fraudador;

Caso a devolução tenha sido feita parcialmente, o banco do fraudador deverá realizar múltiplos bloqueios ou devoluções parciais sempre que forem creditados recursos nessa conta, até que se alcance o valor total da devolução, ou 90 dias contados a partir da transação original.

MED também pode ser utilizado quando existir falha operacional no ambiente PIX da sua instituição, por exemplo, se ela efetuar uma transação em duplicidade. Nesse caso, ela avalia se houve a falha e, em caso positivo, em até 24 horas o dinheiro é devolvido. 

Fonte: Brasil 61


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