De acordo com o Sindarma, as embarcações que transportam cargas no Amazonas sofrem ataques diariamente
Em 2022, os prejuízos com a ação dos ‘piratas dos rios’ foi de R$ 35 milhões, principalmente com o roubo de combustíveis, além de equipamentos quebrados, roubados e agressões contra a tripulação das embarcações. As informações são do presidente do Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma), Galdino Alencar.
Segundo o presidente do Sindarma, todos os dias as embarcações que transportam cargas no Estado sofrem ataques nos rios do Amazonas. Por conta do problema, as transportadoras tiveram que contratar escoltas armadas privadas, o que tem reduzido os crimes e permitido a continuidade do abastecimento dos municípios do interior com combustíveis e outros produtos de primeira necessidade, como alimentos.
“As escoltas de segurança privada reduziram drasticamente o índice de roubos de cargas nos rios este ano, apesar das tentativas diárias que as transportadoras continuam sofrendo. Com a chegada do período de seca nos rios, os ataques devem aumentar”, ressaltou.
Segurança
Alencar contou que o sindicato já participou de diversas reuniões e mantém contato permanente com todas as forças de segurança estaduais e federais, como a Marinha, que realizam suas operações e atividades no que é possível, mas que devido às grandes distâncias do estado, não são suficientes para a quantidade de piratas nos rios.
“Nossa principal proposta, que reforçamos ao longo dos últimos anos, é a implantação imediata da Polícia Hidroviária Federal, uma força pública de segurança que possa estar presente de forma permanente nos rios, ou pelo menos nas principais rotas fluviais do estado, com bases fixas e estrutura de investigação e serviço de inteligência”, explicou.
De acordo com o presidente do Sindarma, além da questão econômica, que ameaça as transportadoras e o abastecimento do estado, existe a questão social, uma vez que as quadrilhas também são uma ameaça para os tripulantes, ribeirinhos e para os barcos de passageiros.
Casos
No último dia 15 de maio, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) divulgou a maior apreensão de combustível da história, com a recuperação de uma carga de 250 mil litros, avaliada em R$ 1,5 milhão. Três envolvidos no roubo do material foram presos, na comunidade Novo Remanso, em Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus).
Segundo a polícia, na ocasião do roubo, os ‘piratas’ renderam os tripulantes por seis horas e transferiram o produto para outras embarcações. No total, foram roubados 500 mil litros de combustíveis.
Os três indivíduos foram autuados em flagrante por roubo majorado pelo concurso de agentes, roubo majorado pela restrição de liberdade e uso de documento falso. Eles estão à disposição da Justiça.
Redução do crime
A Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) informa que houve redução de 60% no número de casos de roubos de combustíveis entre janeiro e abril deste ano, comparado com o mesmo período do ano passado.
A SSP-AM ressalta que a redução é resultado de ações realizadas pelas Forças de Segurança com reforço no patrulhamento ao longo dos rios, que resultaram na prisão de grupos suspeitos de envolvimentos em roubos, a exemplo da registrada no último dia 15, realizada pela Polícia Civil do Amazonas, que culminou com a prisão de três suspeitos.
*Com informações todahora
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