As Forças Armadas e as delegacias de fronteira devem receber reforços imediato.
O governo do Paraguai anunciou nesta quinta-feira (30) que vai classificar o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) como organizações terroristas, além de reforçar a vigilância na fronteira com o Brasil para impedir a entrada de criminosos foragidos do Rio de Janeiro.
A medida segue os passos da Argentina, que na terça-feira (28) já havia incluído as duas facções no Registro de Pessoas e Entidades Vinculadas a Atos de Terrorismo (Repet), após a megaoperação policial no Rio que deixou mais de 120 mortos.
De acordo com o ministro do Comando de Defesa Nacional do Paraguai, Cíbar Benítez, a declaração será oficializada por decreto presidencial nas próximas horas.
“Vamos declarar como organizações terroristas o Comando Vermelho e o PCC. Há razões de sobra para fazer essa declaração, que tem seu peso e contrapeso”, afirmou Benítez.
O governo paraguaio determinou ainda que o Conselho de Defesa Nacional (Codena) aumente o nível de alerta e intensifique o controle nas fronteiras, especialmente na região leste, que faz divisa com o Brasil.
“Haverá um aumento no número de agentes, reforço de equipamentos e de pessoal. Tudo o que tenha a ver com defesa e segurança será ampliado”, acrescentou o ministro.
As Forças Armadas e as delegacias de fronteira devem receber reforços imediatos, com o objetivo de conter a movimentação de membros das facções que possam tentar cruzar o território paraguaio.
Medida conjunta com a Argentina
A decisão do Paraguai ocorre em meio à cooperação regional para conter o avanço das facções brasileiras na América do Sul.
A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, declarou que os dois grupos foram classificados como narcoterroristas, destacando que o país mantém sob custódia 39 brasileiros, sendo cinco do Comando Vermelho e “sete ou oito” do PCC.
“A Argentina declarou essas duas organizações como narcoterroristas”, afirmou Bullrich em entrevista à emissora La Nación +.
Com as decisões da Argentina e do Paraguai, cresce o cerco internacional às facções brasileiras, que vêm sendo associadas a crimes transnacionais, como tráfico de drogas, armas e lavagem de dinheiro.
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