O Governo do Amazonas está atuando, através de diversas secretarias estaduais, para minimizar os impactos da estiagem no interior do Amazonas. Órgãos como a Defesa Civil do Amazonas, o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), entre outros, já atuam para apoiar prefeituras de municípios afetados.
O Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa), da Defesa Civil do Amazonas, já identificou quatro municípios que se encontram em situação de emergência: Benjamin Constant e São Paulo de Olivença (na calha do Alto Solimões) e Envira e Itamarati (na calha do Juruá). Outras 15 cidades estão em situação de alerta e mais 13 estão em estado de atenção.
O secretário executivo da Defesa Civil, coronel Francisco Máximo, explica que a estiagem impacta o dia a dia das comunidades ribeirinhas, com escassez de água potável, produção de alimentos, além de problemas de saúde da população. O órgão tem atuado na coordenação e supervisão de medidas preventivas na assistência humanitária e monitoramento da seca.
Conforme relatórios da Defesa Civil, este ano a estiagem se apresenta com características de maior prolongamento e intensidade, atribuídas à influência do fenômeno climático El Niño, que inibe a formação de nuvens de chuva, resultando em temperatura elevada, propícia à propagação de fogo na vegetação.
Nesse sentido, a secretaria de Meio Ambiente coordenará a articulação com os demais órgãos públicos para a execução das estratégias de combate ao desmatamento ilegal e de queimadas não autorizadas. Os municípios mais afetados contarão com 17 agentes brigadistas, que atuarão em apoio às ações já em curso pelo estado. O projeto de remuneração de brigadistas está previsto para durar sete meses, a partir da data de assinatura do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), agência executora dos recursos recepcionados pela Rewild.
“O estado está contratando brigadistas, que são moradores dos municípios, que serão treinados para o combate rápido a incêndio. A gente espera dar uma capacidade maior para quem está lá na ponta, prefeitura, Secretaria de Meio Ambiente, de ter uma resposta mais rápida para evitar que essa queimada se transforme em incêndio e se prolifere por causa desse clima mais quente”, destacou o secretário da pasta, Eduardo Taveira.
Integrado às ações, o Corpo de Bombeiros do Amazonas atua em 20 municípios com 345 pessoas da corporação no combate a focos de queimadas. De acordo com o comandante da corporação, Coronel Muniz, a partir de agora a expectativa é ampliar o trabalho para mais 16 municípios.
“O Corpo de Bombeiros está dedicado integralmente para isso. Nós estruturamos o Centro Integrado de Comando e Controle dentro do Corpo de Bombeiros, monitorando todo o estado do Amazonas através de duas plataformas via satélite. Também estamos com reforço no sul do Amazonas, agora em 9 municípios apoiados por brigadistas, além da Força Nacional”, reforçou o comandante.
Além dos órgãos citados, o plano também conta com a parceria da Secretaria de Produção Rural do Amazonas (Sepror), Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), Secretaria de Estado de Educação e Desporto, Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados e Contratados do Estado do Amazonas (Arsepam), Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), Secretaria de Estado de Saúde e Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
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