No último domingo (28/1), um homem ainda não identificado tornou-se pioneiro ao receber o primeiro implante cerebral da Neuralink, empresa de Elon Musk. O anúncio foi feito pelo próprio bilionário em seu perfil no Twitter. “O paciente se recupera bem”, escreveu Musk, indicando o sucesso da cirurgia.

Elon Musk considera esse marco como potencial catalisador para o desenvolvimento da tecnologia de Interface Cérebro-Computador (ICC). O implante, segundo Musk, pode um dia oferecer esperança para aqueles que enfrentam problemas neurológicos, como a paralisia, possibilitando a interação com o ambiente.

Embora Musk não tenha divulgado detalhes sobre o paciente, a Neuralink, ao recrutar voluntários para o teste em setembro de 2023, especificou que procurava alguém com tetraplegia.

“Os resultados iniciais mostram uma detecção promissora de picos de neurônios”, afirmou Musk em uma postagem na segunda-feira, 29. Picos de atividade neuronal são descritos pelo Instituto Nacional de Saúde como “células que usam sinais elétricos e químicos para enviar informações ao cérebro e ao corpo”.

A cirurgia de implante, realizada por um robô, teve como alvo uma região cerebral que controla a intenção de movimento. A Neuralink tem como objetivo inicial permitir que as pessoas controlem um cursor ou teclado de computador apenas com o poder do pensamento.

Em 2023, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos autorizou a Neuralink a realizar o primeiro ensaio clínico em humanos, após bem-sucedidos testes em macacos. Alguns dos macacos apresentaram reações adversas, como paralisia, convulsões e inchaço cerebral.

Musk enfatizou em setembro de 2023 que nenhum macaco morreu como resultado do implante da Neuralink, ressaltando que foram escolhidos macacos “terminais” para minimizar riscos para os primatas saudáveis. Em junho de 2023, a Neuralink foi avaliada em cerca de US$ 5 bilhões.