domingo, 22 de dezembro de 2024
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”Não é um viaduto, é uma trincheira”, diz especialista de obra entregue pela Prefeitura de Manaus

Foto reprodução

Em entrevista ao Foco no Fato, o engenheiro civil e presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias na Engenharia do Amazonas (Ibape-AM), Frank Albert, informou que o Viaduto Prefeito José Fernandes, localizado na avenida das Torres, zona norte da capital, entregue na última quarta-feira (27) pela Prefeitura de Manaus, não é um viaduto mas sim uma trincheira.

“Na realidade, o que foi construído pela Prefeitura de Manaus, não é um viaduto, é uma trincheira, que é um trecho de uma avenida ou rua que é feito uma escavação e tem paredes de concreto de ambos os lados que servem de contenção”, explicou Albert.

Para o especialista, ainda que na obra entregue tenha um trecho superior de arruamento, que é a avenida que passa por cima da avenida, o viaduto tem estruturas elevadas com altura mínima de quatro ou cinco metros e meio, com quatro alças de acesso, portanto, não pode-se definir a obra como um viaduto.

Equívocos na obra

Segundo o engenheiro civil, haverá beneficiamento “entre aspas” somente para quem vai transitar pela avenida governador José Lindoso, mais conhecida como avenida das Torres, porque o semáforo da rua Barão do Rio Branco foi tirado, um trecho da avenida foi afunilado, que segundo Albert, é perigoso e os motoristas precisarão ter atenção para evitar acidentes.

E no trecho do afunilamento, a sinalização ainda não foi concluída e está interditada. Ontem (28), a prefeitura emitiu uma nota, informando que para não haver acidentes, o semáforo vai continuar operando até a sinalização ser totalmente entregue.

O especialista explicou ainda que a rua Barão do Rio Branco piorou porque precisaria de uma desapropriação para o alargamento da via, e para isso, a equipe responsável pelo projeto da obra precisaria fazer o alargamento da via dentro das normas que visem de fato, facilitar o fluxo de veículos na região.

“Não foi beneficiada, não houve melhoria nenhuma porque deveria ter havido uma desapropriação para o alargamento da via. As obras de mobilidade urbana envolvem desapropriações e indenização a casa ou o comércio, mas não o alargamento feito de qualquer forma, mas dentro das normas que visem mesmo facilitar o fluxo. Então, isso não ocorreu na rua Barão do Rio Branco, ela continua estreita e sempre vai estar congestionada porque ela vem de um alto fluxo em direção, principalmente à Timbiras que também é uma rua estreita e que deveria ter sido alargada também”, explicou o engenheiro que também é presidente do Ibape-AM, Frank Albert.


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