sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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Multas falsas por acesso ao Twitter/X são usadas para golpes, alerta Anatel

Foto: Pixabay
Foto: Pixabay

Agência diz que não emite notificações sobre a rede social e orienta usuários a não abrirem anexos nem acessarem links

Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou um novo alerta sobre e-mails falsos. O órgão recomenda aos usuários de internet que não abram anexos e não acessem links de supostas multas por eventuais conexões ao Twitter/X via Virtual Private Network (VPN).

Em comunicado nesta última quarta-feira, 4, a Anatel avisa: “Se receber uma mensagem desse tipo, não abra nenhum arquivo anexado, não clique em nenhum link e exclua a mensagem”. 

A agência faz referência a uma técnica conhecida como pishing. Criminosos usam essa técnica para enviar links ou anexos que simulam o endereço eletrônico de remetentes confiáveis. São os casos, por exemplo, de operadoras de telefonia e cartão de crédito e instituições do Judiciário.

Ao acreditar que a mensagem é de fonte segura, a vítima clica no link ou abre o anexo. Assim, corre o risco de ter seus dados pessoais capturados por golpistas que poderão usar as informações em fraudes financeiras.

Placa da Anatel
Anatel desmente ter enviado notificações sobre multas para quem usou VPN no acesso ao Twitter/X | Foto: Reprodução/gov.br

VPN permite acesso de outro país

A nova tentativa de golpe, com mensagens fraudulentas, surgiu depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes proibiu o uso do VPN para acessar a rede social Twitter/X

Conforme determinação de Moraes, o descumprimento da ordem está sujeito a uma multa de R$ 50 mil. O VPN é um software que direciona os dados do usuário a um servidor intermediário de outro país. 

Twitter/X descumpriu ordens, diz ministro

Por meio deste recurso, um celular, mesmo estando no Brasil, poderá acessar a rede social como se estivesse no exterior. A proibição do acesso foi determinada na última sexta-feira, 30, quando o ministro mandou bloquear a rede social.

Moraes justificou a ordem ao dizer que a plataforma se recusou a informar quem seriam seus representantes legais no Brasil. Além disso, o magistrado acrescentou que a empresa descumpriu exigências quanto à remoção de conteúdos e perfis com discursos de ódio. 

A 1ª Turma do STF decidiu, na última segunda-feira, 2, manter a suspensão do Twitter/X no país. Os ministros Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino concordaram com o relator Alexandre de Moraes. Ou seja, a decisão foi unânime.

O Twitter/X, no entanto, tinha equipe do Brasil. A rede social deixou de ter representante legal local depois de o empresário Elon Musk decidir tirar a equipe do país. Para isso, ele alegou risco de prisão dos colaboradores.


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