As investigações revelam que Cléber e Miriam ofereceram R$ 7 mil pelo crime
Uma mulher identificada como Mônica Carvalho foi morta a tiros no dia 26 de abril após semanas sendo monitorada por seus algozes, entre eles, um casal que teria planejado o crime como uma forma distorcida de reconciliação conjugal. A Polícia Civil do Pará investiga o assassinato e revelou um enredo de ciúmes, vingança e premeditação.
Segundo a polícia, o corretor de imóveis Cléber e sua esposa, Miriam, planejaram a execução de Mônica após Miriam descobrir a traição do marido com a vítima. Para “perdoar” o companheiro e salvar o casamento, Miriam teria imposto uma exigência extrema: que ele mandasse matar a amante.
O homicídio foi o desfecho de um plano elaborado que incluiu vigilância prévia e a contratação de terceiros para o crime. A chamada Operação Bombardeio de Amor, que mobilizou policiais de três delegacias da Superintendência Regional do Xingu, já indiciou cinco pessoas por homicídio qualificado.
A execução estava inicialmente marcada para 22 de abril, mas foi adiada para o dia 26. Nesse dia, Mônica foi surpreendida por Fábio Oliveira, que atirou à queima-roupa contra ela e fugiu em uma caminhonete prata conduzida por Cléber, conforme relataram testemunhas.
As investigações revelam que Cléber e Miriam ofereceram R$ 7 mil pelo crime, com um adiantamento de R$ 1 mil. Fábio foi o responsável por puxar o gatilho. O recrutamento e a intermediação ficaram a cargo de Jaro Wilson Pereira, enquanto Mateus da Silva, filho de Miriam, também participou da articulação.
Mônica já havia relatado a pessoas próximas que se sentia vigiada. Motocicletas circulando lentamente em frente à sua casa e a presença constante de desconhecidos deixavam a vítima inquieta. Ainda assim, ela não imaginava que o sentimento de ameaça se concretizaria em um assassinato.
Até agora, Cléber e Miriam foram presos e transferidos para o presídio local. Jaro Wilson também já foi identificado. Os outros envolvidos seguem foragidos:
- Mateus da Silva (filho de Miriam);
- Aoilson (sobrenome não confirmado);
- Fábio Oliveira (executor do disparo).
A polícia também apura se mais pessoas participaram do planejamento e da fuga dos criminosos.
A delegada responsável pelo caso afirma que há provas robustas de que o grupo monitorava a rotina de Mônica com antecedência, e que o crime foi cuidadosamente arquitetado. “Tudo indica que a motivação principal foi emocional, mas houve negociação de valores e divisão de tarefas. Foi um homicídio encomendado”, disse.
As próximas fases da investigação devem incluir novos depoimentos e a análise de dados de localização dos celulares dos envolvidos, a fim de comprovar a dinâmica do crime e o envolvimento de todos os suspeitos.
Enquanto isso, o caso provoca indignação e perplexidade entre os moradores da região, diante da frieza e da motivação do assassinato: um suposto ato de amor que terminou em tragédia.
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