quinta-feira, 21 de novembro de 2024
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Mulher é conduzida para a delegacia suspeita de fazer gestos racistas contra vereador

Foto: Reprodução

Fato aconteceu durante discussão de PL que proíbe linguagem neutra nas escolas.

Uma mulher foi expulsa da galeria do Plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte nesta segunda-feira (24), durante a discussão do projeto de lei que proíbe o uso de linguagem neutra nas escolas, suspeita de fazer gestos racistas contra o vereador Marcos Crispim (PP).

Ela chegou a ser conduzida para a delegacia, mas, segundo a Polícia Civil, após oitivas e análise de imagens, “não foi possível ratificar a prisão em flagrante delito, por não haver indícios suficientes que confirmem a intenção da suspeita, de 62 anos, de praticar o crime de injúria racial em desfavor do vereador”.

Após a fala do parlamentar, que votou a favor do projeto, a mulher, mãe de uma pessoa trans, que acompanhava a votação, esfregou a mão na pele.

“Eu perguntei: ‘É isso mesmo que eu estou entendendo?’, e ela continuava a gesticular com o braço”, disse o vereador Marcos Crispim.

O presidente da Câmara Municipal, vereador Gabriel (sem partido), solicitou aos seguranças que retirassem a mulher da galeria.

Ela foi conduzida à delegacia do de plantão do Barreiro. Marcos Crispim prestou queixa por injúria racial.

“Como eu me senti é difícil de descrever. É uma situação muito ruim, muito triste, é uma mescla de tristeza com revolta”, afirmou.
A vereadora Cida Falabella (PSOL), que votou contra a proibição do uso de linguagem neutra, defendeu a investigação do caso.

“Acusação de racismo é muito grave, não vamos ser seletivos, mas queremos ouvir o que aconteceu ali, ver as imagens da câmera, vamos ser justos. Vamos esperar o processo”, disse, durante a sessão do Plenário.

Segundo a Polícia Civil, a mulher foi liberada e “segue sendo investigada por meio de Inquérito Policial devidamente instaurado para a completa elucidação do caso”.

Presidente do PSOL é retirado por seguranças

O presidente do PSOL de Minas Gerais, Cacau Pereira, e outro membro do partido também foram retirados da galeria da Câmara Municipal de BH nesta segunda-feira, durante a votação do projeto de lei sobre linguagem neutra nas escolas.

Segundo o PSOL, Cacau foi contido ao tentar impedir que uma professora fosse retirada à força da galeria por seguranças homens.

“Outros companheiros e eu intervimos no sentido de (dizer) que não podiam ter essa atitude. Eles, de maneira completamente desproporcional, nos retiraram da sala à força, com dois ou três seguranças. Tomei um ‘mata-leão’ e estou com um inchaço no braço em função disso”, afirmou Cacau, em nota.
Ele registrou um boletim de ocorrência por agressão.


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