segunda-feira, 8 de julho de 2024
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Muitos ministros são resultados de acordos políticos, diz Lula

Foto Divulgação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 6ª feira (6.jan.2023) que algumas indicações do alto escalão são fruto de “acordo político”. O petista se dirigiu aos 37 ministros na 1ª reunião ministerial desde que assumiu o Palácio do Planalto.

Segundo o chefe do Executivo, não adianta indicar somente técnicos e não conseguir votos suficientes nas votações do Congresso. “Muitos de vocês são resultado de acordos políticos. Não adianta a gente ter o governo mais tecnicamente formado em Harvard e não ter votos na Câmara dos Deputados”, disse.

Não deixarei nenhum de vocês. Vocês foram chamados porque têm competência, vocês foram chamados porque foram indicados pelas organizações políticas a que vocês pertencem e eu respeito muito isso.

A reunião estava marcada para às 9h30, mas Lula começou a discursar às 10h03, com 33 minutos de atraso. A fala do petista durou 20 minutos e 50 segundos e sua voz estava instável em alguns momentos.

No fim da fala, ao passar a palavra para o vice, Geraldo Alckmin, estava com os olhos um pouco vermelhos e usou um lenço de pano para passar no rosto.

Lula também cobrou bom tratamento dos ministros para com os congressistas, lembrando que o governo precisa do Congresso e que não quer ouvir reclamações de deputados e senadores tomando “chá de cadeira” em ministérios.

“Não é o Lira que precisa de mim, é o governo que precisa da boa vontade da presidência da Câmara. Não é o Pacheco que precisa de mim, é o governo que precisa de um bom relacionamento com o Senado”, disse.

Nós não mandamos no Congresso, dependemos do Congresso. Cada ministro tem que ter a paciência de atender bem cada deputado, senador, senadora. Senão, quando a gente vai pedir um voto, ele diz: não, fui em tal ministério e nem me receberam”.

  • Divergências no governo — “Não somos um governo de pensamento único, de filosofia única. Somos um governo de pessoas diferentes. A gente, pensando diferente, tem que fazer esforço para que no processo de reconstrução deste país a gente pense igual”;
  • Crescimento econômico — “É possível fazer o Brasil voltar a crescer com responsabilidade, distribuição de renda e de riqueza, é possível a gente voltar, a economia voltar a crescer e gerar emprego que garanta ao trabalhador um pouco de responsabilidade social”;
  • Investigações na Justiça — “Se a pessoa cometeu algo grave, a pessoa do governo terá de se colocar à disposição das investigações e da justiça”;
  • Relação com o Congresso — “Nós não mandamos no Congresso, dependemos do Congresso. Cada ministro tem que ter a paciência de atender bem cada deputado, senador, senadora. Senão, quando a gente vai pedir um voto, ele diz: não, fui em tal ministério e nem me receberam”;
  • Educação — “Na semana que vem, quero uma reunião com o ministro da Educação, Camilo Santana, para ver que escolas, universidades, institutos vamos visitar, para entender a situação e para recuperarmos. Vamos ter que colocar a mão na massa para produzir e reconstruir, melhorando a educação”;
  • Cultura — “Prepare-se, Margareth, porque vamos fazer uma revolução cultural neste país. Parte da violência existe pela ausência de Estado”;
  • Lira e Pacheco — “Não é o Lira que precisa de mim, é o governo que precisa da boa vontade da presidência da Câmara. Não é o Pacheco que precisa de mim, é o governo que precisa de um bom relacionamento com o Senado”.

Com informações de poder360

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