O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 6ª feira (6.jan.2023) que algumas indicações do alto escalão são fruto de “acordo político”. O petista se dirigiu aos 37 ministros na 1ª reunião ministerial desde que assumiu o Palácio do Planalto.
Segundo o chefe do Executivo, não adianta indicar somente técnicos e não conseguir votos suficientes nas votações do Congresso. “Muitos de vocês são resultado de acordos políticos. Não adianta a gente ter o governo mais tecnicamente formado em Harvard e não ter votos na Câmara dos Deputados”, disse.
“Não deixarei nenhum de vocês. Vocês foram chamados porque têm competência, vocês foram chamados porque foram indicados pelas organizações políticas a que vocês pertencem e eu respeito muito isso.”
A reunião estava marcada para às 9h30, mas Lula começou a discursar às 10h03, com 33 minutos de atraso. A fala do petista durou 20 minutos e 50 segundos e sua voz estava instável em alguns momentos.
No fim da fala, ao passar a palavra para o vice, Geraldo Alckmin, estava com os olhos um pouco vermelhos e usou um lenço de pano para passar no rosto.
Lula também cobrou bom tratamento dos ministros para com os congressistas, lembrando que o governo precisa do Congresso e que não quer ouvir reclamações de deputados e senadores tomando “chá de cadeira” em ministérios.
“Não é o Lira que precisa de mim, é o governo que precisa da boa vontade da presidência da Câmara. Não é o Pacheco que precisa de mim, é o governo que precisa de um bom relacionamento com o Senado”, disse.
“Nós não mandamos no Congresso, dependemos do Congresso. Cada ministro tem que ter a paciência de atender bem cada deputado, senador, senadora. Senão, quando a gente vai pedir um voto, ele diz: não, fui em tal ministério e nem me receberam”.
- Divergências no governo — “Não somos um governo de pensamento único, de filosofia única. Somos um governo de pessoas diferentes. A gente, pensando diferente, tem que fazer esforço para que no processo de reconstrução deste país a gente pense igual”;
- Crescimento econômico — “É possível fazer o Brasil voltar a crescer com responsabilidade, distribuição de renda e de riqueza, é possível a gente voltar, a economia voltar a crescer e gerar emprego que garanta ao trabalhador um pouco de responsabilidade social”;
- Investigações na Justiça — “Se a pessoa cometeu algo grave, a pessoa do governo terá de se colocar à disposição das investigações e da justiça”;
- Relação com o Congresso — “Nós não mandamos no Congresso, dependemos do Congresso. Cada ministro tem que ter a paciência de atender bem cada deputado, senador, senadora. Senão, quando a gente vai pedir um voto, ele diz: não, fui em tal ministério e nem me receberam”;
- Educação — “Na semana que vem, quero uma reunião com o ministro da Educação, Camilo Santana, para ver que escolas, universidades, institutos vamos visitar, para entender a situação e para recuperarmos. Vamos ter que colocar a mão na massa para produzir e reconstruir, melhorando a educação”;
- Cultura — “Prepare-se, Margareth, porque vamos fazer uma revolução cultural neste país. Parte da violência existe pela ausência de Estado”;
- Lira e Pacheco — “Não é o Lira que precisa de mim, é o governo que precisa da boa vontade da presidência da Câmara. Não é o Pacheco que precisa de mim, é o governo que precisa de um bom relacionamento com o Senado”.
Com informações de poder360
Compartilhe:
- Clique para compartilhar no X(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Tumblr(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Mastodon(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Reddit(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)
Descubra mais sobre Manaustime
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.